#𝟎𝟏𝟎 𝐘𝐎𝐔'𝐋𝐋 𝐁𝐄 𝐎𝐊𝐀𝐘

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Notas:

Autora é clickbait essa capa ou não?

  O capítulo ficou longo mas ficou completinho e dá forma que eu gostaria, então espero que vocês gostem de ler tanto quanto eu gostei de escrever esse capítulo.

   Lembrem de votar caso gostem, beijos.

All the love, Ruthinha ✿

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─ Você está tão calado hoje Harry, o que houve? ─ minha mãe me pergunta do outro lado da mesa e pela primeira vez no dia eu tiro os olhos do meu prato e retribuo seu olhar.

Vamos contextualizar o porquê que estou sentado na mesa de jantar da minha mãe bipolar almoçando com ela e com a minha irmã descontrolada sem ser uma quinta-feira em que somos obrigados a fingir ser uma familia feliz jantando juntos. Na verdade, hoje é um sábado.

Gemma foi quem fez o convite, surpreendentemente sendo um porta voz da minha mãe que fez questão da minha presença, dando ênfase que tudo isso era para manter o espírito familiar.

Quando acordei e vi a mensagem quis ligar para minha mãe e gritar que não existe espírito familiar além da discórdia e rancor e boa parte da culpa disso é dela. Mas então minha irmã me surpreendeu quando também fez questão de garantir que eu fosse porque tinha notícias a nos contar

Desde que cheguei pude perceber em silêncio muitas coisas. Ver de perto como minha irmã cai como pato na lagoa no que minha mãe vende me deixou surpreso.

Não me leve a mal, eu não dou a minima em ver minha irmã fazendo papel de idiota. Eu deixo a minha irmã viver a vida utópica dela a vontade, como se meu pai nunca tivesse nos abandonado, como se nossa mãe não tivesse se tornado um monstro depois disso e nos deixado de lado como se fossemos nada, e claro, a cereja do bolo, como se o namorado dela não fosse um completo cuzão que age como nosso pai cem porcento do tempo.

Mas agora ela não finge acreditar que minha mãe está sendo um ser humano melhor como ela faz em todos os outros aspectos de sua vida. Ela realmente acredita em sua mudança e isso me choca. Ela teve um lembrete frequente todos esses anos, nós tivemos, sobre o ser humano que minha mãe é e o quão manipuladora ela pode ser quando bem pretende, e mesmo assim se deixa levar no seu teatro.

Então esse é o motivo pelo qual estou monossilabico e sendo interrogado por Anne.

─ Só estou pensando na prova que vou dar para os meus alunos amanhã, apenas isso.

─ Então está indo tudo bem no seu estágio? ─ encaro seu sorriso com raiva queimando nas minhas veias.

─ Eu já terminei a minha faculdade de pedagogia faz mais de um ano mãe, eu não preciso de estágio mais. Tenho um trabalho de verdade agora.

─ Oh, é claro, filho. Eu apenas tinha me esquecido por um momento. É que vocês crescem tão rápido. ─ ela dá uma risada maligna e Gemma ri junto.

É isso que acontece quando você não dá atenção para seus filhos na infância deles mamãe, você não os vê crescer.

─ É, deve ser isso. ─ murmuro voltando a encarar a salada intocada no meu prato. Então lembro que fiquei de ligar para Niall hoje já que ele irá fazer uma viagem para Irlanda a fim de visitar sua família. ─ Podem me dar licença um minuto?

Não espero a real permissão e me coloco de pé, tirando o celular do bolso e já procurando o contato do meu amigo enquanto sento no sofá da sala, afastado da mesa de jantar. São necessários apenas três toques até que ele atenda.

𝐀𝐅𝐄𝐓𝐑𝐎𝐏𝐈𝐀 ── larry stylinson.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora