Capitulo 09

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     Thomaz não conseguia acreditar que estava sendo correspondido, o medo de perder a amizade de Emma  o atormentara por uma semana inteira e agora, ali estava ela tomando a iniciativa. Quando ouviu sua confissão, sentiu o coração dispara como nunca e no ímpeto do momento  tomou seus lábios em um beijo diferente, cheio de sentimentos e desejos. Foi se perdendo na intensidade que Emma exalava. Suas mãos buscaram desesperadamente pelo corpo dela e quando alcançaram sua cintura trataram logo de aperta-la e trazê-la para junto de seu corpo. Sentiu a jovem estremecer ao pedir passagem com a língua. Emma apenas Cedeu. Explorou sua boca com adoração e sentiu uma explosão de desejo quando as duas se chocaram. Estava ficando lascivo demais, quente demais. Estavam se perdendo completamente um no outro.

Emma sentiu seu corpo inteiro vibrar. Deixou-se ser dominada e guiada por Thomaz. Assim que sentiu as mãos dele em si, sentiu-se livre para fazer o mesmo e imediatamente depois usou a destra para acariciar seu rosto e a esquerda se enroscou nos cabelos escuros do homem. Ambos caminharam as cegas sem interromper o contato e logo Emma sentiu o tronco da imensa árvore que tantas vezes lhes serviu de sombra e agora era testemunha da entrega total dos dois. Prensada entre eles, ali, a jovem sentia que seu pulmão iria explodir e ainda assim desejava continuar.

     Thomaz num lampejo de sensatez, finalizou o contato mordendo o lábio inferior de Emma e se afastando lentamente.

— Preciso te levar pra casa antes que cometa uma loucura. - Disse com dificuldades.

— Loucuras são tentadoras demais. - Emma respondeu ainda tentando recuperar o fôlego.

— Você é  tentadora e intensa. Essa é  uma combinação bem perigosa nesse momento. - Respondeu ele observando atentamente o rosto da amada. Emma estava corada e suas pupilas dilatadas e isso conferia a Thomaz a certeza que se não fosse a voz da razão, estariam perdidos. — Vamos meu amor. - Lhe estendeu a mão e esperou que ela a segurasse e assim ambos caminharam lado a lado sendo iluminados apenas pelo luar.

     Ao longo do caminho, Thomaz percebeu que Emma queria lhe perguntar algo. Se dando por vencido e com um certo receio do que viria pela frente, ele disse.

— Emma, meu amor posso ouvir as engrenagens do seu cérebro gritando daqui... então pergunte logo.

— La atrás na árvore. Você estava falando de sexo? - A pergunta fez o homem tropeçar.

— Não devia me perguntar isso tão livremente. Quer dizer...

— Não seja antiquado. Foi só uma pergunta. Espera que fique calada quando claramente quase...

— Sim! Tá bom. Estava pensando nisso e vou dizer que foi difícil parar. - Ambos voltaram a caminhar.

— E você certamente já...

— Emma. Podemos conversar sobre isso se desejar, mas, podemos não fazer isso agora? Homens precisam de um certo tempo pra acalmar seus instintos entende?

— Certo. Acho que entendi. Ainda está pensando no que fizemos e com isso seu corpo ainda está...

— Não complete a frase por favor. - Emma riu do desespero dele.

— Chegamos! - Exclamou feliz.

— Graças a Deus! - Thomaz Pontuou de olhos fechados e se assustou quando sentiu as mãos de Emma em seus ombros e seus lábios nos seus. Suave, lento, úmido. Assim como começou, logo o beijo se encerrou.

— Salvo pelo gongo. -Emma disse o olhando sapeca. — Até amanhã Thomaz. - E se afastou entrando em casa.

— Isso vai ficar sem controle algum. Céus. - Disse rindo de si mesmo.

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