Capitulo 24

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   A chuva batia forte contra os vidros da mansão, enquanto Thomaz chegava correndo, empapado pela tempestade. Laura, a empregada, o seguia aflita, chamando seu nome.

— Thomaz, senhor? Cuidado com as escadas. - Gritava ela, porém o homem não se importava com mais nada.

Adentrou a casa sem se importar com o rastro de lama e água que estava deixando pelo caminho  -– O que aconteceu? Onde está Emma?

–  A senhora está prestes a dar à luz, no quarto senhor.

Ao subir as escadas, deparou-se com seu pai e seu sogro. Ambos parados a porta do bendito cômodo. O rapaz respirou fundo e avançou em direção a mesma. –  Thomaz, oque pensa que está fazendo? Você não pode entrar agora. Isso não é lugar para um homem. - Repreendeu o pai.

Furioso, Thomaz segurou o velho pelo colarinho. – Onde está minha esposa? Eu não vou esperar aqui fora enquanto ela precisa de mim!

— Thomaz, em momentos como este, uma mulher precisa de privacidade. Isso não é assunto para maridos. Não seja inconveniente.

Empurrando o pai, ele vai logo dizendo: – Nem você, nem ninguém vai me impedir de estar com Emma neste momento importante. Ouviu? - Antonie estava prestes a interferir quando  os três  escutam os gritos de Emma vindo do quarto, a angústia tomando conta do  rosto de Thomaz.

— Thomaz, é uma questão de decência! Homens não devem presenciar essas coisas! - Lorrence argumentou.

—  Decência é estar ao lado de quem amamos nos momentos mais difíceis. Não vou permitir que me afastem da minha esposa!

   Thomaz empurrou seu pai novamente e, com determinação, abriu a porta do quarto. Os gritos de Emma ecoaram fazendo que ele sentisse sua dor em seus próprios ossos.

—Amor, como você está? Estava tão preocupado... - O Homem ainda todo ensopado da chuva recente, ajoelhou-se ao lado da cama e tomou as mãos da esposa. Observou o rosto dela com atenção. As gotículas de suor se tornavam maiores.

Sorrindo entre contrações, Emma respondeu: – Estou melhor agora que você está aqui, meu amor. Mas acho que nosso bebê não quer esperar mais.

— Não devia estar aqui meu filho. - A mãe de Thomaz comentou temerosa.

— Oras deixe disso. Não vê como Emma está mais confortável assim. Olhe para ela mulher. Deixe essa convenção inútil para depois. - Respondeu Marie. – Mais um pouco minha filha, só mais um pouco de força.

— Onde está a parteira? - Perguntou ele e logo acrescentou.-  Estou aqui para cuidar de você, meu bem.

— Talvez a chuva tenha a atrasado. - Margareth  entrou no quarto trazendo água morna e muitos panos. – Deixe que eu mesma faça isso. Já trouxa algumas crianças ao mundo, não vai ser diferente com essa daqui.

Emma não conseguia se concentrar  mais nada, afinal as contrações estavam pouco espaçadas. A jovem foi atingida por uma que a fez grita como nunca havia gritado antes.

— Eu não consigo... NÃO CONSIGO FAZER ISSO. - Gritou a plenos pulmões se sentindo impotente.

— Emma, meu amor, você é capaz de tudo. Sempre foi forte e corajosa. Não desista agora. Estou aqui com você a cada passo. — Thomaz segurou a mão dela com firmeza, transmitindo confiança.

Emma olhou nos olhos dele, buscando apoio, enquanto uma nova contração se aproximava.

— Thomaz, não sei se consigo...

— Você é uma mulher incrível, minha querida. Lembre-se de todas as adversidades que enfrentamos juntos. Você superou tantas dificuldades. Agora, traga nosso bebê ao mundo. Eu acredito em você.

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