Capitulo 17

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      Ódio latente. Foi isso que Emma sentiu ao escutar as palavras do sogro.

— O senhor só pode ter perdido o juízo. - Thomaz disse indignado.

— Não fale assim comigo seu garoto ingrato. - A discussão foi encerrada pelo som estridente que se ouviu quando Emma espalmou as duas mãos com força sobre a mesa. Ato que fez a louça vibrar.

 A jovem nada disse, apenas lançou um olhar mortal para o sogro enquanto contornava a mesa.

— Mande selar meu cavalo. - Ordenou a uma das empregadas.

— Dois! - Thomaz disse na sequência. — Mande selar dois.

Emma deu dois passos em direção ao sogro e se pos a falar. – O senhor não é  ninguém para mandar ou desmandar nas minhas terras. Nos meus empregados. Cuide dos seus.

— Mais é o cúmulo.  Controle sua mulher seu frouxo.

— Emma é  livre para fazer o que desejar. - Thomaz a olhou com admiração.

— Eu vou buscar a minha amiga e quando voltar espero não ver sua cara desagradável. Se não sabe seu lugar, então, não é bem vindo.

— Emma! Minha filha... Oh céus. - Marie tentou argumentar, mas tanto Emma quanto Thomaz haviam deixado a sala.

 Ambos ainda podiam ouvir os esbravejos de Lorrence. Não demorou para que Fernam aparecesse com os cavalos.

— Sela normal? - Perguntou Thomaz erguendo uma sobrancelha.

— Ainda consigo te surpreender? Uau. Acho então que ficará ainda mais surpreso. - Emma se livrou de parte do vestido que usava e o entregou a uma das empregadas, ficando apenas com um leve tecido que usava por cima das roupas intimas. – Agora estou pronta.

— Realmente, minha mulher é uma caixinha de surpresas.

     Sem perder tempo, ambos montaram e partiram a toda velocidade. Emma sabia que Margareth não estava longe e ela estava decidida a traze-la de volta nem que fosse amarrada.

Cavalgavam rapidamente por uma longa estrada poeirenta. Finalmente, eles avistaram a carruagem à frente e aceleraram o ritmo de seus cavalos. Quando chegaram perto o suficiente, Emma saltou de sua montaria e se aproximou da carruagem, onde Margareth estava sentada, visivelmente assustada.

— Margareth, nós viemos te buscar. - Disse Emma com autoridade. — Você não pode sair assim.

 Margareth olhou para Emma e depois para Thomaz, que havia se aproximado dela.

— Mas eu não tenho mais trabalho, não posso ficar na vinícola. O senhor  me dispensou. - Argumentou ela. — Eu preciso encontrar outro emprego.

— Você não precisa ir a lugar nenhum. Desde quando aquele homem lhe dá ordens?  - Respondeu Emma. — Nós vamos te levar de volta  de um jeito ou de outro.

— Vai vir conosco querendo ou não. Meu pai não tinha  o direito. Me perdoe. Peço  perdão pela podridão dele. - Thomaz disse envergonhado.

Margareth ficou surpresa com a dedicação de Emma e Thomaz. Eles não tinham nenhuma obrigação de ajudá-la, mas ainda assim estavam dispostos a começar mais uma briga com Lorrence.

 Com lágrimas nos olhos, ela ouviu atentamente a oferta de ambos.
Finalmente, Margareth concordou em voltar com eles. Emma e Thomaz solicitaram que o cocheiro a levasse de volta e juntos, eles cavalgaram de volta para a vinícola.

     《《》》《《》》《《》》《《》》

     Lorrence estava visivelmente irritado. Ele sabia que ter alguém como Emma como nora fugiria totalmente do controle que sempre adorou
exercer. Fitou Antonie com orgulho e soberba e pos-se a falar

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