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Estávamos no jantar. Todos conversavam e riam à mesa, mas o clima entre Scarlett e eu não era dos melhores. Estávamos lado a lado, e estava desconfortável, e acho que notaram isso. Notaram quando Scarlett recusou a minha mão sobre a dela, quando se afastou com a minha aproximação. Eu notei, e não gostei.

Eu não posso mais negar, uma das coisas que eu comecei a adorar foram o som da sua risada e o seu sorriso. Eu adorava ver o tom rosado que suas bochechas tomavam quando ela sorria. Mas, agora eu estava sem nenhum dos dois.

Eu forçava uma risada quando alguém contava uma péssima piada na mesa porque eu não tinha mais com quem conversar, mas, preferia as dela porque, era um péssimo que me fazia rir genuinamente. Forçava interesse quando alguém começava a falar, mas quando escutava sua voz, minha atenção ia somente para ela.

Era irritante, decerto. Se preocupar com os sentimentos dela era novo pra mim, um novo no qual eu ainda não me acostumei. Ainda não me acostumei com a ideia de gostar dela e, de não somente aturar ela.

Scarlett estava bebendo agora, mais do que uma comemoração de véspera de casamento pede. E eu não conseguia mais prestar atenção no que falavam para mim, porque estava focada na sua voz alta enquanto ela conversa com uma mulher de cabelos escuros e que não parecia gostar da situação.

— Com licença. — eu falei para a mulher que me contava a sua história de vida e a entreguei a minha taça de vinho. — Olá. — a cumprimentei.

— Cristina.

— S/n Taylor. — eu apertei sua mão. — Deixe-me cuidar disso. — ela sorriu enquanto se retirava, com certeza aliviada. — Você está bêbada. Por que ficou bêbada?

— Porque eu bebi, ora. — ela soprou um riso. Sua voz denunciava a embriaguez, como todo o resto.

— Temos um casamento amanhã. Não pode ficar de ressaca no dia do nosso casamento. — falei, tirando a bebida de suas mãos. — É tão estranho você estar bêbada e eu não.

— Por que não fica então? Assim a gente aproveita juntas. — ela diz, com um sorriso no rosto e um olhar sedutor.

— Nós temos que ir para casa.

— Melhor ainda. — Scarlett diz com a mesma expressão sedutora.

— Não se passa das oito da noite, como chegou a este estado? — a loira deu de ombros. Eu suspirei, a guiando de volta para o quarto. Quando chegamos, a coloquei sentada na cama enquanto eu pegava meu celular para chamar Tom.

— Não estou afim de voltar para casa. — ela disse, mexendo em seu cabelo.

— Estou lhe fazendo um favor. Não vou deixar que passe vergonha na frente deles. — falei, me sentando ao seu lado. Ela franziu o cenho, parecendo ofendida.

— Eu não passo vergonha! — eu revirei os olhos. Coloquei a minha atenção no celular para mandar uma mensagem para o ruivo, mas Scarlett o tomou da minha mão.

— Qual o seu problema? Irá agir como uma criança agora?

— A festa não terminou. Vamos embora quando terminar.

— Não vou te levar de volta com você neste estado.

— Não precisamos voltar. Quero ficar com você por um tempo antes que Olive te roube de mim. — a rouquidão marcou presença na voz da loira. Scarlett se apoiou nas mãos enquanto se arrumava na cama, se sentando em cima de seus calcanhares.

— O quê? — questionei. Scarlett não me respondeu, apenas se curvou para frente, selando nossos lábios. Eu fiquei paralisada. Ela estava me beijando.

Sem Querer, Casadas (EM REVISÃO)Kde žijí příběhy. Začni objevovat