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#DaUmaVoltinha


JIMIN

Duas semanas de uma corrida contra o tempo para entregar um projeto de uma empresa, a qual orçou um novo aplicativo para facilitar suas vendas. Minhas vistas só sabiam ler códigos e mais códigos, letras, números caracteres e mais caracteres. Eu odiava quando Namjoon hyung aceitava esses projetos e com a maior cara lavada, o levava até meu setor e dizia: "duas semanas, Jiminzinho".

A minha real vontade era me fingir de morto, inventar uma doença ou qualquer coisa do tipo quando o Kim fazia isso. Por que? Bem, minha equipe trabalhava demais, corria contra o tempo, enviava versões beta aos contratantes, ouvia que não era isso, refazia e fazia de novo e toda vez que os prazos eram curtos assim, o maldito contratante fazia questão de ser um grandíssimo pé no saco. E quem tinha que lidar com eles? Euzinho, a pica toda era enfiada no meu cu.

Santo ZORO que me dê paciência!

Mas o motivo do meu mal humor, não era apenas pelo trabalho, era por que eu não teria folga durante duas semanas inteiras, ou seja, sem tempo para jogar e malhar. E quando eu tenho dias assim, o que faço é comer. Meu organismo entende que se eu pensar em deliciosas tortas de morango que o chefe Seokjin fazia, morango com chocolate e tudo que engorda muito, eu vou engordar, sem nem ao menos ter colocado essas delicias na boca.

Eu sou complexado com meu físico, já que não fui agraciado com o rosto lindo de Park Bogum – que ator gostoso, um pecado, quem concorda, respira – eu tento me manter o mais "ajeitadinho" possível. Ser o adolescente nerd, gordinho, tímido, pansexual, com rosto cheio de espinhas me deu traumas. Só fui melhorar quando mais velho, após ter me apaixonado por uma garota e me vi na obrigação de melhorar. Mas não durou muito, porém o fruto disso foi eu ter ficado mais "vaidoso".

A garota era trans. Linda, inteligente, focada e cheia de atitude. Kim Jisoo, me fez querer ser um cara ao menos descente para estar ao seu lado. Se surpreendeu quando me contou que era trans e eu disse: "continua sendo uma mulher incrível pra mim". Mas ela tinha outros planos, outras metas e assim que completou seus 20 anos - tínhamos a mesma idade – recebeu um convite para morar com o pai em Tokyo e seguir carreira de design gráfico por lá.

Ainda mantemos contato, bem pouco, por que antes de qualquer coisa, eu a considerava uma amiga. Foi bem difícil ter que deixar o afeto que tinha por ela de lado, mas passou. Hoje eu continuo sendo o nerd, tímido só que sem espinhas na cara e com um corpo legal.

E antes que pensem que eu me assumi pansexual por ter namorado uma garota trans, não, não foi por isso. Sempre me senti atraído por pessoas no geral – mas minha horta vivia seca, se é que me entendem - e não pela forma que elas se identificavam, logico que a quinze anos isso era algo difícil de ser discutido, mas gênero é uma construção social fodida. Então, por que eu deveria me importar pelo que a aparência física da pessoa me mostra? Pelo que ela nasceu biologicamente? Somos mais que isso. Então, se eu gostava, eu gostava. E gostava sozinho, até Jisoo aparecer.

Camboy ♡ Jikook Where stories live. Discover now