quinze

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— Não, Alexandre. — Ela pegou sua bolsa da mão dele.

O jogador bufou, se virando.

— Você está complicando as coisas. — Ele começou, se aproximando dela. — Eu já pedi desculpas, e estou arrependido. Então, se você estiver afim de ir pra casa comigo, eu estarei de braços abertos.

Ele passou a mão pelo braço dela.

Giovanna o encarou.

— Então?

Giovanna relaxou os ombros e bufou.

— Tá. Vamos. — Ela concordou e encostou a porta do camarim.

Alexandre sorriu e pegou na mão dela.

Os dois caminharam em direção à saída, onde Amora e Otaviano os esperavam.

— Vamos, Gio? — Amora perguntou.

— Ela vai comigo. — Alexandre avisou e a loira ficou confusa.

— Nós vamos jantar juntos. — Giovanna disse rápido.

Os agentes se entreolharam, mas assentiram.

— Ok.. — Otaviano respondeu, meio confuso.

— Tchau! Até mais. — Amora beijou o rosto de Amora e acenou para Otaviano.

O casal caminhou até o carro de Giovanna de mãos dadas, o que fez os agentes sorrirem.

— Acho que eles estão se dando bem. — Otaviano disse e Amorim concordou.

— Graças a Deus.

Giovanna entrou do lado do motorista, e Alexandre do outro lado.

O jogador explicou para a moça o caminho que ele tinha que tomar e a viagem foi feita toda em silêncio.

Giovanna ainda estava irritada, era claro. Completamente diferente de Alexandre, que estava feliz da morena estar indo para o seu apartamento.

Não precisam nem transar, ele apenas queria a campainha dela e saber que estava perdoado.

Quando chegaram no prédio de Alexandre, Giovanna estacionou e eles atravessaram a rua juntos.

Passaram pela portaria e Alexandre a guiou até o elevador.

Giovanna ficou na frente dele de braços cruzados enquanto ele segurava a bolsa dela, um pouco atrás.

Entraram no elevador e depois de apertar o botão de seu andar, Alexandre se encostou no apoio ao lado da morena.

— Você vai ficar sem falar comigo a noite toda? — Ele perguntou.

— Aham.

Alexandre riu.

— Qual é, Gio. — Ele cutucou ela. — Achei que eu estava perdoado.

Ela o encarou.

— Isso não saiu da minha boca. — Ela deu de ombros.

A porta do elevador abriu e Alexandre caminhou na frente indo até a porta de seu apartamento.

— Preparada? — Ele perguntou, levantando as sobrancelhas.

— Pra que? — Ela perguntou. — Conhecer seu point pra comer mulher?

Alexandre abriu a boca surpresa.

— Ei! Eu não sou de trazer mulher nenhuma pra cá. — Ele falou, destrancando a porta. — Você é muito privilegiada.

Giovanna revirou os olhos, sem dar muita importância.

Os dois entraram, e a morena olhou em volta meio desconfiada.

Alexandre encostou a porta e pegou a bolsa dela, colocando na estante.

— Vem, vamos conversar. — Ele puxou ela com cuidado, indo para o sofá.

— A gente não tem nada para conversar. — Ela resmungou, mas deixou ser levada até o sofá.

Ele se sentou e Giovanna fez menção de sentar ao lado dele, mas Alexandre a colocou em seu colo.

— Golpe baixo, pô. — A morena se segurou para não sorrir, diferente de Alexandre que abriu o sorriso, apoiando as mãos na coxa dela. — Sobre que você quer falar?

Alexandre subiu as mãos, passando a mão no cabelo dela e nas costas dela.

— Bom, eu sei que já pedi desculpas. Umas boas vezes. — Ele disse, se encostando no sofá e Giovanna cruzou os braços. — E sei também que falei umas bobagens pra você...

Giovanna levantou as sobrancelhas, concordando em silêncio.

— E eu gostei do que aconteceu entre a gente naquela noite, e quero continuar. — Ele começou, deixando Giovanna mais atenta. — Por que toda essa situação é uma merda, e a gente precisa arrumar um jeito de deixar menos pior. Sua companhia é boa, e eu sei que poderia passar horas apenas batendo papo contigo, então, eu quero deixar as coisas alinhadas.

Giovanna comprimiu os lábios.

— Tá. Eu concordo. — Ela disse. — Mas, por favor, precisamos conversar. Quando você não estiver afim, fala. Eu não quero satisfação, nem nada, mas ainda temos um acordo. E eu não quero ser corna nem de mentirinha.

Alexandre riu alto, a puxando para si.

— Relaxa, amor. — Ele beijou o rosto dela. — Eu sou um homem de palavra.

— Aham. É. — Ela apoiou os braços no ombro dele.

— Tá desconfiando da minha índole? — Ele perguntou.

— Eu nunca confiei, na verdade. — Giovanna falou contra a boca dele.

— Uau. — Ele lhe deu um selinho. — Por essa eu não esperava. — Tocou os lábios dela mais uma vez.

— Ah! Outra coisa. — Giovanna se afastou um pouco. — Eu quero que você  conte para o Giane sobre nosso acordo.

Alexandre juntou as sobrancelhas.

— Ué. Por que?

Giovanna passou a mão pela barba dele.

— Por que eu acho que ele tem que saber. — Ela respondeu. — Alessandra sabe.

O jogador semicerrou os olhos.

— Isso vai afetar de alguma forma a nossa transa? — Ele perguntou, fingindo estar sério.

— Se eu descobrir que você não contou, sim. Afeta diretamente a nossa transa. — Ela respondeu e ele assentiu.

— Ok. Será a primeira a coisa que eu vou fazer amanhã. — Ele falou e a deitou no sofá. — E falando em transa...

Giovanna o puxou para si, sem querer mais papo.

A atriz sabia que ele havia desdobrado ela. Que ela havia ficado puta por que não estava com a situação sob seu controle, mas naquele momento, não ligava.

Apenas esperava que aquilo que ela estava sentindo – seja lá o que fosse – não saísse da cama.

bad reputation Where stories live. Discover now