trinta e dois

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Alexandre abriu os olhos com dificuldade. Sua cabeça doía assim como o resto de seu corpo.

Se mexeu um pouco, notando que estava num lugar diferente. Não era sua cama e nem seu quarto.

Se sentou rapidamente, ignorando as dores por um momento, tentando entender onde estava.

O quarto era todo branco mas com muitos detalhes coloridos, fazendo sua vista doer.

Antes eu se levantasse, a porta se abriu.

Alexandre prendeu a respiração por alguns segundos quando viu Karen atravessando o cômodo.

Ele levantou o lençol e soltou o ar quando viu que estava apenas sem camiseta.

— Porra. — Ele jogou a cabeça para trás, passando a mão no rosto.

Karen sorriu, caminhando até ele com uma bandeija de café da manhã.

— Bom dia! Achei que ia dormir até a hora do almoço. — Ela brincou e ele a encarou confuso. — O que foi?

Ele balançou a cabeça, se levantando da cama perdendo um pouco do equilíbrio.

— Como eu vim parar aqui? — Ele perguntou, se apoiando na cabeceira.

Karen se sentou na cama e deu de ombros.

— Você apareceu num bar próximo ao shopping onde eu e alguns amigos estávamos e deu no que deu. — Ela explicou e ele balançou a cabeça.

— Que explicação de merda. — Ele resmungou e Karen riu fraco. — Eu transei com você? — Ele perguntou, tentando não transparecer a repulsa que estava sentindo.

Ela balançou a cabeça.

— Você não quis. — Ela cruzou as pernas. — E estava bêbado demais até mesmo para acertar meu nome.

Alexandre a encarou.

— E o suficiente para me contar bastante coisa. — Ela bebeu um pouco do café da xícara da bandeira e Alexandre ficou tenso.

— Do que você está falando?

Ela voltou a dar de ombros.

— Não importa mais. — Ela sorriu de lado. — Então, você não conhece com você?

Alexandre saiu á procura de sua camiseta, a achando apoiada numa poltrona perto da porta.

— Meu carro está aqui? 

— Não. Você deixou na rua do shopping. — Ela disse calmamente. — Estamos algumas quadras longe do shopping.

— Não tem problema. Eu peço um uber. — Ele falou, enfiando as mãos no bolso procurando seu celular.

Karen levantou a mão, mostrando o aparelho.

— Sem bateria.

Alexandre passou a mão no cabelo, ficando mais nervoso.

— Karen, eu só preciso ir para casa. — Ele resmungou. — Por favor.

Ela alcançou o próprio celular e desceu da cama, se aproximando dele.

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