trinta e nove

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— Você não vai ir trabalhar hoje. — Alexandre disse e Giovanna se virou irritada.

— Eu tô bem, porra!

— Tá muito bem, né. Vomitando pelos quatro cantos do quarto, sem conseguir dormir e trabalhando feito um camelo. Tá suuuper bem, Giovanna. — Alexandre esbravejou. — Já liguei para Amora.

A morena parou na porta do banheiro, encarando o namorado.

— Com que permissão?

— Eu não preciso de permissão quando o assunto é cuidar da minha namorada. — Ele disse, meio arregalando os olhos. — Porra, você acha mesmo que eu vou deixar você ir trabalhar nesse estado? Nem fudendo. — Ele balançou a cabeça. — E nem quer ir para o médico, o que piora tua situação.

Giovanna revirou os olhos e bateu a porta do banheiro.

Alexandre foi para a lavanderia, colocando os lençóis sujos dentro da máquina.

Depois, fez suco e algumas torradas com requeijão para a morena – que era as únicas coisas que ela estava comendo sem colocar para fora.

Quando voltou para o quarto, Giovanna estava vestida pronta para sair e terminava de pentear o cabelo.

— Onde você pensa que vai? — Ele colocou o café da manhã na penteadeira.

— Médico. — Ela respondeu seca, ainda irritada com ele.

— Eu vou também.

— Não. Não vai. — Ela disse rápido e ele a olhou confuso.

— E por que eu não iria? Não vou treinar hoje e tenho tempo livre o suficiente para te acompanhar numa consulta. — Ele disse e ela negou.

— Não quero atrapalhar e depois vou para a minha mãe. — Giovanna explicou.

— E eu não posso ir também?

Giovanna suspirou, apoiando a escova na penteadeira e se virou para ele.

— Eu quero ir sozinha. Posso?

Alexandre a encarou, querendo dizer que não, mas assentiu.

— Tudo bem. Só me dá noticias, pode ser?

Ela assentiu.

— Tá bom. — Ela respondeu, mais mansa. — Obrigada pelo café, vou comendo no caminho.

Giovanna pegou as torradas e o suco, indo para a cozinha.

Alexandre a seguiu, querendo ter certeza que ela levaria a comida.

Ela colocou o suco numa garrafinha de plástico que Alexandre tinha e os pães num potinho.

— Tchau. — Ela disse, passando pelo jogador.

— Nem um beijo? Sério? — Ele resmungou e Giovanna não soube dizer não, mesmo com raiva.

A morena se apoiou na pontinha do pé, alcançando a boca dele rapidamente.

— Agora sim. — Ele sorriu de lado. — Tchau. Te amo, vai me mandando mensagem. — Ele beijou a cabeça dela e ela assentiu.

Depois que Giovanna saiu apartamento fora, Alexandre suspirou sem saber muito bem o que faria.

Giovanna estava sempre ali. Praticamente morando, no caso. Dormia uma noite em seu apartamento e o resto no de Alexandre.

Ele estava amando, é claro. Estavam sempre juntos, sem nenhum sinal de que iriam enjoar um do outro.

A casa estava a cara de Giovanna. Ela havia levado alguma de suas coisas, então, pela casa havia fotos dos dois, na cozinha tinha alguns itens que Alexandre não tinha e ela tinha levado para facilitar sua vida. No quarto, já estavam praticamente dividindo o closet. No banheiro tinha produtos de cabelo dela, escova, toalhas e até maquiagem.

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