13. DIÁRIO DE HAN-SOO LEE

88 10 21
                                    

     Jennie estava rindo, já eu estava lutando contra um sorriso

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

    Jennie estava rindo, já eu estava lutando contra um sorriso. Na minha família, falam que nunca podemos mostrar qualquer vulnerabilidade. Temos que ser reclusos e atentos a todos os sinais e nunca, nunca, confiar nas pessoas.

Por isso eu nunca tive amigos, para ser sincero meu primeiro amigo foi o Jimin. Em um daqueles encontros chatos de famílias, éramos muito novos. Jimin era como eu, por isso nos demos bem. Ele mudou muito quando conheceu Rosé, na época eu achei estranho e até falei para ele que tinha que tomar cuidado.

Ele obviamente não me escutou, continuou a se encontrar e ser amigo da garota loira. Por um tempo eu até cheguei a sentir inveja, Jimin tinha alguém para confiar. Alguém que estava ali com ele, já eu não sabia nem se podia contar ou confiar nos meus próprios pais.

Eu não faço ideia do porquê estou ajudando a Jennie, simplesmente senti que deveria. Por isso estou aqui. Levantei-me e começamos a procurar. Tentando mexer o mínimo possível nos objetos ali presentes, senti o ânimo da Jennie se expirando.

Ela estava com uma carranca fofa, aposto que ela não tem a mínima noção do quanto fica visível quando está chateada.

Ela é adorável, Jennie Kim ativa meu espírito protetor. Ela não tem noção do que a aguarda indo atrás de um fugitivo, é perigoso. E ela é inocente demais, mesmo que não admita ou perceba. Ela consegue fingir ser uma bad girl, é uma boa atriz devo admitir. Mas eu sei que é só fachada. Ela está em sonserina pela sua ambição de ser poderosa, de conquistar seus desejos. Como o de encontrar seu pai. E também pela sua astúcia.

Eu suspiro e decido finalmente por as mãos na massa, começo a vasculhar cada caderno ali presente. Jennie faz o mesmo, ela está totalmente desanimada. Meus olhos focam em um caderno diferente dos demais, algo muito suspeito ao meu ver. Ele estava debaixo de alguns cadernos, por isso eu peguei delicadamente.

Jennie se aproximou sem ânimo, soprei a poeira daquele caderno. Abri o caderno e logo encontrei o nome Han-Soo, vi os olhos da Jennie brilharem. Eu folheei rapidamente aquele caderno.

É isso.
Só pode ser isso.
Precisamos ir.

— Precisamos sair daqui o quanto antes, vamos. Faça silêncio.

Sem mais nenhuma palavra começamos a descer as escadas, mas parei assim que escutei barulhos de passos, peguei a mão da Jennie e subi rapidamente levando-a para de trás de um baú grande. Abaixamos e ficamos com os corpos colados um no outro. Meu coração disparou.

Coloquei o dedo indicador na boca, Jennie estava com um semblante aterrorizado. Quem poderia julga-lá?

Eu permaneci com meu semblante indiferente, porém eu estava morrendo de medo também.

Após um longo tempo escutamos a voz da diretora Minerva se aproximar, ela aparentemente estava falando sozinha.

— Acho que já está na hora do jantar, tenho que me apressar.

Jennie se encolheu ainda mais, arregalei os olhos. Estávamos a milímetros de distância, tentei me concentrar nos passos da Minerva. Consegui escutar os passos de afastando, olhei para Jennie. E ela estava me olhando com seus olhos brilhantes. Estávamos ofegantes, como se todo o ar do local tivesse sido sugado.

Pisquei algumas vezes caindo na realidade.

— Acho que já podemos ir, ela deve estar longe o suficiente. — Sussurrei, foi a vez dela piscar.

— An? — Indagou confusa.

— Devemos sair daqui logo! — Falei um pouco mais alto, levantei-me cuidadosamente e olhei em volta. Jennie continuava paralisada. Estendi minha mão, ela me encarou confusa. — Vamos logo.

Ela apanhou minha mão e levantou-se, apertei sua mão e apressei o passo. Descemos a escada rapidamente, saímos daquele lugar. E começamos a andar cuidadosamente pelo corredor, ninguém podia nos ver.

— Provavelmente chegaremos atrasados para o jantar e se desconfiarem? — Disse cortando o silêncio, não consegui evita um sorriso.

— Desconfiarem do que? Que estávamos na sala da diretora? Mais fácil pensar que estamos namorando.

Jennie faz uma careta.

Imagina só, pensarem que eu e Jennie estamos juntos. Que pesadelo!

🚂 quebra de tempo....

O jantar chegou ao fim, olhei em volta atrás de Jennie. Os meninos estavam conversando sobre algum feitiço que eu não tenho o mínimo interesse de falar. Encontrei Jennie, ela estava indo até a mesa da Grifinória. Provavelmente irá se juntar com suas amigas para compartilhar nossa descoberta.

Eu ajudei ela a achar aquela merda, tenho direito de ver primeiro. Por isso levantei-me e corri até ela, pouco me importando com as caretas confusas dos meninos. Puxei ela pela capa e levei-a para longe de todos ali, senti alguns olhares curiosos sobre nós. Mas ignorei todos, exceto o de Jennie que me encarava.

Quando estávamos longe de todos os ouvidos e olhos curiosos eu falo:

— Abra o caderno, vamos ver do que se trata.

— Você é muito mandão! Deveria parar de ser assim, sabia?

— Ok, agora abre.

Ela revirou os olhos e então lambei os lábios curiosa. Ela abriu  o caderno. Então folheamos, todas as folhas tinham datas. Como se fosse relatos diários. Jennie franziu o cenho. Nos encaramos.

— É o diário dele! — Falamos  uníssono.

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
𝑳𝑶𝑽𝑬 𝑴𝑨𝒁𝑬 Where stories live. Discover now