3. Operação Cupido

327 61 45
                                    

Nova vida

           Na casa de Vegas o menino ficou surpreso. Parados em frente a nova residência, esperando os portões se abrirem, Venice se admira da imensidão à sua frente.  A enorme residência assustou o menino.  

         -   É muito grande, papai! Tem certeza que é só uma casa? Papai Pete vai morrer de "cansado"  depois de limpar tudo isso!   -   Falava assustado para Vegas.

         -    Seu pai não vai limpar tudo isso sozinho. Tem pessoas para ajudar.  -   Vegas sorriu e afagou seus cabelos.

         O carro parou em frente a base de segurança e o Theerapanyakul chamou um dos agentes. 

        -   Gun, boa-tarde. 

        -    Boa-tarde, senhor Vegas.   -   O jovem fez uma respeitosa reverência em direção ao carro, onde os três estavam.

         -    Conhece o Pete, correto?   -   Era uma pergunta calma na voz firme.

          -    Sim. Olá, colega.   -   Gun refez a reverência. Pete se reclinou no assento respeitosamente e Venice fez o mesmo, antes de voltar a prestar atenção ao novo mundo à sua volta.

          -    Pois bem, a partir de agora ele é um de seus chefes. Ele é meu marido e espero ter a cooperação de vocês para a segurança dele e de nosso filho.   -   A voz firme e ainda assim respeitosa  em qualquer momento faria Pete o olhar com curiosidade. Agora lhe causa revolta.

         -    Vegas!  -   Pete começou a contestar,  mas lembrou que tinha que dar exemplo para o filho. Mordeu os lábios com raiva. "Vegas, você vai me pagar por essa. Ah se vai!"

          -    Óbvio que nem preciso dizer que o garoto não pode sair sozinho de casa. Mais tarde vamos apresentá-los a todos. Obrigado, Gun.   -   Fingiu não notar a ira do seu companheiro.

         Gun fez uma última  reverência e voltou para a base. Vegas viu a expressão de Pete e sorriu. Ele ficava mais bonito irritado! 

        Venice, de novo atento ao espaço à sua volta, mal olhou para o guarda-costas, depois de o saudar. Só não escapou do carro para ver tudo porque Pete segurava sua mão.

        Momentos depois, já instalados, os dois adultos  foram ver Gun Theerapanyakul. 

        O homem ria por dentro. Por fora era um pai inocente e surpreso. O plano dele e do irmão seguia a contento. "Qual história esses dois vão contar?"

       -    Pai, este é Pete,  meu marido.  Nós não estávamos planejando nos casar,  mas como o senhor tem pressa e nós nos amamos, resolvemos que vamos dar este passo importante. 

         Pete estava vermelho de vergonha. Vegas era o sinônimo de verborragia e vomitava todas aquelas mentiras em cima do pai.

          -    Você estava apaixonado e seu pai estúpido forçando uma situação.  Perdoa o papai. Prazer tê-lo como genro, Pete. Meu irmão ligou mais cedo e disse que foi ele que os apresentou. E olha que Pete é meu empregado! Ou melhor. Era.

          -    Sim, senhor. Agradeço por trabalhar com khun Tay. Gosto de fazer a segurança do pequeno mestre.  -  Pete fez uma reverência ao sogro e patrão.

          -   Trabalhava. Agora é meu sobrinho. Não vou permitir isso.   -  Khun Khorn entrou no escritório do irmão e já foi dando ordem.

           -    Khun Khorn, eu preciso  trabalhar.  -   O jovem rebelou-se com cuidado.

          -   Pode trabalhar,  mas não como guarda-costas. Gun e eu vamos verificar algo para fazer,  afinal você é bem preparado. Outra coisa,   nosso neto precisa do pai para ajudá-lo a se adaptar à nova vida.

Operação Cupido #VegasPeteWhere stories live. Discover now