5. Operação Cupido

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Casa Nova

           Depois do jantar todos se recolheram. Pete, Venice e Vegas voltaram para o quarto. Banho tomado, chegou a hora de todos dormirem.

           -    Pete, acho melhor ele dormir conosco,  por enquanto. Além do quarto não estar preparado para alguém da idade dele, é um ambiente novo. Ele vai estranhar se não for devidamente apresentado ao lugar

          -    Eu posso  dormir com ele lá…

          -    Está aí um tema sem discussão.  Dormindo aqui ou lá, vamos dormir os três juntos. Isso é inegociável. 

          -    Eu quero dormir com vocês… -  Venice gemeu em meio ao cansaço.

         Pete abraçou o filho e deitou-se na cama. Vegas deitou-se do outro lado. 

         A criança dormiu rápido.  Os pais não. Cada um tinha seus próprios tormentos para espantar o sono.

         -    Nessas horas eu fumava e o sono vinha rápido…   -   Vegas falou baixo. 

         -    Eu falei para você não parar de uma vez.   -    Pete dalou, preocupado.

         -   Não vou abraçar meu filho cheirando a tabaco, Pete.   -    Vegas surpreendeu mais umz vez o falso  marido

       "Tudo de Vegas é inegociável."  Pete sorriu em silêncio.  Mork só não fumava no quarto do filho porque nunca entrou lá. No resto da casa, estando o menino ou não, ele acendia um cigarro atrás do outro. O contraste entre o homem e o traste do ex-namorado era enorme.

           O ex-namorado foi um lixo em sua vida.  Em poucos dias de convívio,   Vegas mostrou mais preocupação com o filho do que o outro em anos. 

          Na verdade, Vegas já tinha dado mostras dd resprito por Venice antes. Ele só decidiu conhecer a criança depois que tinha abandonado o cigarro completamente.

         A princípio, Pete pensou que aquele relacionamento não daria certo porque Vegas nunca perguntava nada do menino. 

         Pete nada falava porque não conseguia esquecer como Mork agia com o próprio filho quando ele forçava o convívio. 

         Entretanto, quando Vegas resolveu conhecer de fato a criança, disse algo que fez o pai do menino achar que tinha dado sim o passo certo.

         -    Pete, evitei ir ver o menino porque estava me desintoxicando. Fumo… fumei desde os quinze, para desespero de tio Khorn, mas sempre soube que não é o  exemplo que quero dar para um filho.

         Aquilo foi como declarar amor eterno ao filho dele. E agora,  descobrir que ele usava o cigarro como sonífero mexeu com  Pete. Vegas colocou o filho deles em primeiro lugar.

          Vegas moveu-se na cama.

         -     Pete, eu não sei como vai ser nosso futuro,  mas prometo que se eu tiver outra pessoa, só vou assumi-la se ela amar nosso filho. Palavra de Theerapanyakul. 

          Pete se moveu, virando de frente para ele. Havia tanta gratidão em seus olhos,  mesmo que soubesse que talvez fosse difícil manter a promessa.  Entretanto, naquele momento era exatamente o que precisava ouvir.

         Vegas sorriu. Pete fechou os olhos com sono. Venice escolheu esse momento para se mover na cama e abraçar os dois. O ato da criança os aproximou. Pete sussurrou um boa-noite e fechou os olhos, sendo alcançado pela sombra de Hypnos.  Sombra que não alcançou Vegas.

Operação Cupido #VegasPeteWhere stories live. Discover now