16. Operação Cupido

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Pete Saengtam 

           Não acredito que Mork deseja entrar com o pedido de guarda de meu filho! Viajei para Bangcoc com raiva dele. Nunca o odiei tanto. Nunca quis tanto matar alguém como quero matá-lo. 

         Como me deixei iludir por esse projeto do Mal!

          Pensando nesse ser mesquinho, lembrei-me de nosso início.  Porsche riu quando comecei sair com Mork.

        -     Você vai mesmo ficar com esse idiota?

        -    Não é nada sério. Só não gosto de ficar com caras aleatórios.   -  Minha resposta era honesta e sincera.  Mas deixei o tempo correr livre. Deveria ter me dado certo tempo,  afinal era uma relação superficial.  Tudo bem se estipulasse um tempo de validade desde o início. 

         Nossos primeiros meses foram bons. Nada a ser repetido anos depois, mas eu estava no início da minha vida sexual e queria um parceiro por algum tempo. Então nossa relação se desgastou e eu  ia  mesmo  terminar tudo. Mas naquele dia Venice surgiu. Mork mostrou alguma simpatia pelo menino. Um apego superficial, mas que não o afastou do lindo bebê. 

        Venice era uma criança calma e chorava pouco. Sua presença em nossa vida gerou um distanciamento bom. Eu tinha sexo com meu companheiro de quarto pu algo assim. Não era mais namoro. Ele não tinha para onde ir e eu tinha algum sexo,  mesmo que sem muita paixão. 

        Meu trabalho como professor garantia os cuidados com o menino e os gastos da casa. Sobrava pouco para mim. Porsche, que então vivia nos Estados Unidos, vivia me chamando para ir morar com ele e o namorado por lá. Nunca pensei em ir.

        Quando Venice adoeceu eu soube, por um bilhete anônimo entregue no hospital, que Mork era seu filho biológico.

       Foi a primeira rejeição direta que meu filho sofreu. Para garantir a consanguinidade solicitei o exame específico e Mork surgiu com a Declaração de Transferência de Guarda. Era a condição para que a família dele doasse sangue ao meu filho.  Assinei e sinceramente, não me senti coagido. O advogado do hospital,  que o orientou na feitura de tal documento,  me informou que com posse daquele termo, se eu quisesse legalizar a adoção, seria mais fácil. Deixou claro que o documento não servia como guarda,  mas que para efeitos legais,  Mork sequer precisaria estar presente quando sua guarda fosse definitivamente revogada. 

       Na mesma época a escola onde lecionava me dispensou e descobri que alguém tinha feito uma denúncia sobre minha sexualidade. Saí dali revoltado e foi o Porsche que me indicou para trabalhar com khun Gun Theerapanyakul.

       Lá também fui ajudado. Um advogado disse-me que para não gerar nenhum problema, eu deveria entrar com o pedido da adoção legal e fazer Mork ir para garantia no futuro.

       Agora eu estava garantido. Mork foi, mesmo já namorando e vivendo com outra pessoa. Reclamou porque tinha feito o documento para não ter trabalho, mas o convenci que era para o bem dele. Não era,  mas ele não precisava saber.

        Hoje percebo que meu hábito de pensar adiante e me precaver resultou em algo realmente favorável para mim e minha família. 

       Não tinha intenção de olhar de novo no rosto de Mork, mas o que posso fazer se ele nunca aprende a se virar sozinho. 

       Aposto a mão direita dele que a mãe está por trás dessa charada toda. Mulher ordinária cujo o próprio golpe da barriga deu errado, criou o filho sob seus costumes nada éticos. 

Operação Cupido #VegasPeteTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang