Atração nas Alturas

Sr. Grisalho

Depois de dois dias fora trabalhando Cristina voltou pra casa, tinha um voo internacional e precisava descansar pelo menos por algumas horas. Saiu do aeroporto, passou na farmácia e comprou um analgésico e depois seguiu seu caminho. Quando estava perto de casa parou o carro e olhou o senhor de cabelos brancos alto e forte com roupa de fazendeiro e um enorme buquê de flores, foi se aproximando curiosa e tocou seu braço algumas vezes pra chamar sua atenção.

Cristina - Oi tá perdido vovô? _ se afastou e colocou a mão na cintura.

Rodolfo - Eu? Não senhorita, não estou _ abaixou as flores com um sorriso tímido.

Cristina - E tem mais alguém aqui além de mim e você? _ olhou pra casa e sorriu _ veio ver a minha mãe? Quais são as suas intenções com ela?

Rodolfo - Eu e Bertha somos apenas amigos, eu vim ver ela pra me despedir.

Cristina - Claro, mas se fizer minha mãe chorar eu arranco sua cabeça entendeu vovô? _ encarou ele.

Rodolfo - Sim... Eu entendi _ falou com firmeza.

Ela entrou achando graça naquilo, sua mãe não namorava ninguém, agora tinha um velhinho como candidato a padrasto. Viu a mãe de pijama atacando o pote de sorvete e vendo seu Dorama favorito, estava tão concentrada que não viu a filha entrar e se jogar no sofá.

Cristina - Mãe não sabia que tava procurando um namorado na área de geriatria.

Bertha - Que? Do que tá falando minha filha?

Cristina - Do guarda-roupa grisalho que tá esperando você lá fora mamãe linda!

Bertha - Rodolfo tá aqui? _ correu pra janela e sorriu ao ver ele.

Cristina - Fica com ele mãe, há milênios não te vejo dando um sorriso assim pra um homem _ levantou e ficou no meio da sala observando a mãe.

Bertha -  Filha eu não quero por ninguém no lugar do seu pai, mas é que Rodolfo foi tão lindo e fofo comigo desde que nos conhecemos.

Cristina - Eu sei mãe, precisa aproveitar esse momento _ abraçou ela com carinho _ arrasa corações dona Bertha!

Bertha - Eu vou lá ver ele _ deu um sorriso tímido _ você se comporte mocinha.

Cristina - A senhora que se comporte com o vovôzinho fazendeiro, não quero ser irmã mais velha.

Bertha - É o que Cristina López  Müller? _ falou ficando sem graça.

Cristina - Camisinha até com esse aí mamãe, sexo é bom pra não ficar mal humorada _ foi pro sofá e mudou de canal.

Bertha - Depois vamos falar sobre essa história de sexo mocinha _ disse seria.

Rodolfo estava pronto para ir embora e quando virou de costas escutou o som da porta abrindo e se virou de volta a tempo de ver Bertha sair só de shortinho de algodão com temática de ursinho e uma camiseta com a estampa de coração, pensou em avisar a ela mas não conseguiu pensar em nada.

Bertha - Oi Rod, pensei que já tinha voltado pra Monterrey _ limpou a mão no short _ fiquei feliz em te ver novamente.

Rodolfo - Não ia embora sem falar contigo e te ver, além disso eu te trouxe isso aqui, espero que goste, eu pensei em você quando comprei, é a sua cara _ entregou o buquê.

Bertha - São lindas, cheirosas e perfeitas _ sentiu o aroma e fechou os olhos _ bem maravilhosas, eu amei.

Rodolfo - Eu vim... _ respirou fundo e tomou coragem _ A verdade é que eu vim te fazer um convite, espero que aceite, é um lugar especial.

Bertha - Convite? Pra que seria? Onde é esse lugar especial? _ sua empolgação foi a mil.

Rodolfo - Ir comigo conhecer a minha fazenda em Monterrey nesse final de semana, iria? _ disse esperançoso.

Bertha - Não sei Rodolfo _ mexeu as mãos nervosa _ isso vai além do que combinamos.

Rodolfo - Olha Bertha, sou um bruto com as palavras, mas posso dizer que com toda certeza _ segurou as mãos dela _ estamos prontos pra esse novo passo.

Bertha - Rod eu... _ sua boca bateu mas não saiu som nenhum.

Rodolfo - Calma não precisa responder nesse momento, vamos entrar e pode pensar _ segurou as mãos dela.

Bertha - Não podemos... Essa é a última vez que nos vemos se eu falar que não pra essa viagem _ soltou as mãos dele _ desculpa Rodolfo.

Rodolfo - Se essa é a última vez não vou desperdiçar _ segurou o rosto dela e lhe deu um beijo explorador que durou uns bons longos segundos e deixou a mulher mole em seus braços.

O beijo acabou, mas eles não tiveram tempo pra respirar, suas bocas novamente se encontraram e o beijo foi tão passional, cheio de tesão e adrenalina, uma combinação perfeita pra dois solteiros solitários. Ele encostou o corpo dela no carro e colou mais sua perna contra aquela pélvis feminina que não parava de rebolar dando um sinal quase sexual de que aquele momento estava muito bom, além do esperado.

Bertha - Já... Não... Para... Rod _ parou um pouco de se mexer e olhou ele mais seria _ minha filha tá em casa, mas posso te confessar algo?

Rodolfo - Pode, claro que pode loirinha, só vou ajeitar uma coisa aqui _ arrumou o membro na calça envergonhado

Bertha - Aí deus, como eu tava curiosa pra saber se você beijava bruto como um homem da terra, você é intenso mesmo sem transparecer sabia? _ acariciou de leve entre as pernas dele e sorriu safada _ e vai me dar trabalho te esquecer.

Rodolfo - Porque não vem comigo? _ abraçou sua cintura, beijou seu pescoço dos dois lados e olhou nos olhos dela _ não podemos deixar isso que sentimos pra depois.

Bertha - Não posso largar tudo e ir atrás de você nesse exato momento meu fazendeiro _ segurou no seu colarinho e o beijou mais intenso que ele, tomando posse do que era dela e de mais ninguém, quando parou de beijar suspirou longamente sentindo aquele fogo aumentar _ mas me de um dia e resolvo tudo pra ir com você pra onde quiser me levar.

Rodolfo - Tá bom, um dia e nada mais que isso _ segurou a cintura dela e a beijou novamente _ vou te ligar pra saber a hora de vim aqui te buscar ou te raptar loirinha.

Bertha - Você para de me atentar seu diabo de chapéu e fivela _ segurou o rosto dele e o beijou mais tranquila, desfrutando seus lábios tão apetitosos.

Rodolfo - Sabe, eu faria amor com você agora _ falou bem no pé do seu ouvido.

Bertha - Se eu tivesse sozinha, te levaria até meu quarto _ abraçou ele por cima dos ombros ficando de ponta de pé.

Rodolfo - Sua cama não vai ficar fora do nosso roteiro de conhecimento.

Bertha - Bom saber... agora vai que eu vou me organizar pra amanhã _ se soltou dele e foi voltando para dentro de casa.

Rodolfo - Até amanhã! _ mandou um beijo e entrou no carro saindo cantando pneu.