Humilhada

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Depois de uma semana em casa Cristina foi chamada no escritório central da companhia aérea, teve que escutar todas as pessoas fofocando sobre ela, os olhares e os risos. Michel esperava ela na sala de reuniones e não tinha uma cara muito boa, o homem era grande, meio barrigudo e careca mas tinha uma barba nojenta que ele adora a se gabar porque era grande. Quando Cristina sentou na cadeira ao lado dele sentiu um arrepio na espinha e  se afastou um pouco.

Michel - Bom já deve imaginar porque foi chamada aqui verdade?

Cristina - Não, eu só sei que tô em casa há uma semana e que me chamou aqui hoje Michel.

Michel - Chamei porque tem algo interessante pra te mostrar _ pegou o notebook e abriu e deu play no vídeo.

Cristina - Senhor eu... _ olhou as imagens e ficou nervosa _ posso explicar.

Michel -  Não pode explicar isso Cristina, mas eu tenho uma ideia pra te ajudar _ levantou e segurou seus braços a fazendo ficar de pé e foi aproximando seu rosto do dela.

Cristina - Não... Não mesmo _ afastou o rosto do dele.

Michel - Uma rapidinha e te devolvo seu emprego sua vadiazinha.

Cristina - Socorro!! _ tentou se soltar dele.

Michel - Calada vagabunda _ deu um tapa forte no rosto dela que a jogou em cima da mesa _ vai ser minha sim.

Cristina - Nem morta _ pegou um peso de papel feito de mármore e jogou bem na testa dele.

Michel - MALDITA VAGABUNDA!!! _ sentiu um líquido quente descendo no seu rosto e foi andando pra trás até topar com a parede _ tá demitida.

Cristina - É melhor não me dá causa justa, se não ferro com a empresa e com você seu maldito abusador!

Michel - Seu direito vai ser sair daqui direto pra casa e não pra cadeia sua doida varrida _ pegou o celular.

Cristina - Você me paga, essa droga de empresa me paga _ disse nervosa e foi saindo pegando a bolsa.

Michel - Vai embora daqui, eu vou providenciar a sua demissão daqui pessoalmente, não vai ser contratada por mais ninguém _ falou olhando ela com ódio.

Cristina - Maldito _ fechou a porta e saiu pisando duro.

Ela saiu sem nada, aquele era o seu fim e assim pensava no minuto depois daquela confusão, só queria chegar em casa e ser ela mesma, chorar de impotência e sentir a tristeza da humilhação, o desejo da vingança e por último a energia de recomeçar e seguir adiante.

Cristina - Preciso falar com o Héctor, não vou suportar sozinha _ pegou o celular e ligou pro número que ele lhe deu.

O problema é que o número chamou, foi pra caixa postal e nada de Héctor atender, quando ela tentou uma última vez a chamada foi rejeitada. Olhou pro céu e viu que iria chover e correu pra um ponto de ônibus, ficou sentada e encolhida esperando que o telefone tocasse e pudesse escutar a voz de Héctor só mais uma vez.

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Enquanto o avião estacionava na pista Rodolfo e Bertha conversavam animados e bem relaxados, não tinha tempo ruim quando estavam juntos.

Rodolfo - Não me disse a sua impressão do Héctor, o que achou do meu irmão caçula?

Bertha - Bom, o Héctor é... _ pensou um pouco.

Rodolfo - Um don Juan verdade?

Bertha - Ele tem seu charme, deve fazer sucesso com as meninas, deve ser o tipo dele verdade?

Rodolfo - Com medo dele dá em cima da Cristina? _ foi direto e sincero.

Bertha - Amor, eu tenho certeza que seu irmão não faz o tipo da minha filha _ riu tranquilamente.

Rodolfo - Então, eu tenho uma proposta, mas falo quando a gente desembarcar _ tirou o cinto.

Bertha - Tá bom meu bem... _ tirou o cinto e levantou com a ajuda dele.

(...)

Logo depois de descerem do jatinho ambos foram direto pro carro que os esperavam na pista de pouso, Rodolfo abriu a porta e ajudou Bertha a entrar no veículo. Já dentro o homem a abraçou e prestes a fazer uma proposta bem interessante para ela lhe beijou nos lábios com fervor e carinho, não tinha um só momento que não quisesse estar com sua amada lhe amando e lhe dando todo carinho que pudesse dar pra ela.

Rodolfo - Quero um final de semana em família, eu você, a Cristina e meus irmãos _ falou empolgado.

Bertha - Olha eu preciso falar com ela primeiro, mas acho que um encontro de família não é muito precipitado agora?

Rodolfo - Acha que Cristina não vai querer passar uns dias com a gente na fazenda?

Bertha - Acho difícil a Cris aceitar amor, mas posso falar com ela e quem sabe não arruma uma folga do trabalho.

Rodolfo - Quero conhecer ela melhor e assim quem sabe ser um padrasto gente boa _ a abraçou e lhe beijou.

Bertha - Te amo meu fazendeiro!

Rodolfo - Me ama? _ olhou o motorista e depois ela _ então posso dormir na sua cama hoje?

Bertha - Pode hoje, mas só porque a Cris não tá em casa tá bom?

Rodolfo - Tá bom, será uma honra ser o seu convidado especial pra dormir de conchinha!

Bertha - Para com isso Rod, não é nada disso que falou _ disse tímida.

Rodolfo - É muito mais meu amor _ encostou sua testa na dela _ é a prova que nossa vida tá virando apenas uma e nada mais.

Bertha - Te amo meu fazendeiro lindão _ beijou seu pescoço e foi até sua boca num beijo sem vergonha.

Rodolfo - Desse jeito vamos aproveitar bastante nossa estadia _ apertou sua cintura.

Bertha - Eita pegada bruta que eu amo de mais, hoje você é meu touro pra montar a noite toda entendeu? _ sussurrou só pra ele ouvir.

Rodolfo - Eita ferro!!! _ suas bochechas ficaram vermelhas e ele olhou pro meio das pernas meio tímido _ é hoje amigão... hoje nós deixa ela prenha.

Bertha - Nem pensar homem! _ falou rindo _ vamos com calma que eu tenho um diu recém colocado, não vai rolar agora amor.

Rodolfo - Tudo bem, vamos pensar num outro momento isso de pais?

Bertha - Vamos, mas não agora nem as pressas _ o beijou.

Rodolfo - Mas vai acontecer um bebê nosso _ disse entusiasmado e deu mais dois selinhos nela sem aviso.

Atração nas AlturasOnde histórias criam vida. Descubra agora