𝗨𝗠 𝗢𝗖𝗘𝗔𝗡𝗢 𝗘𝗡𝗧𝗥𝗘 𝗡𝗢́𝗦 | Beauany

CAPÍTULO 3

ANY GABRIELLY
New York

— Assim está bom, Anna? — pedi a opinião da governanta que está organizando as roupas lavadas dentro do closet.

Anna se virou em minha direção e sacudiu a cabeça em confirmação. Ela tem um sorriso fofo nos lábios.

— Sempre está perfeita, Sra. Beauchamp. Você é a elegância em pessoa. — ela elogia e eu sorrio olhando para meu reflexo no espelho.

O conjunto de blusa social e saia lápis, mais o sobretudo, são uma combinação que poderá impedir que o ar frio de New York me leve a uma quase hipotermia.

Pego minha bolsa e o batom que está dentro, o passo em meus lábios e a cor vermelha faz a diferença na minha aparência hoje. O toque chave.

— Eu já vou indo, não sei se voltarei para o almoço, pois irei a um salão de beleza. — aviso a Anna. — Então poderá tirar o resto do dia de folga.

— Ok, tenha um bom dia. — nos despedimos e eu vou para o andar abaixo.

Enquanto me aproximo da porta Joshua aparece trajando seu terno de corte italiano, especialmente feito pelo alfaiate da família Beauchamp, o mesmo que também fez o vestido que usarei essa noite. Josh segura uma maleta em sua mão e a outra o celular.

— Vai para empresa agora? — ele questiona sério.

— Sim. — falo monossilábica.

— Então vamos juntos, vai haver uma conferência e é necessário que eu esteja.

— Quem o informou disso? — pergunto com o cenho levemente franzido.

— Tenho ouvidos por toda parte. — ele abre a porta após guardar o celular no bolso. — Vamos.

Caminhamos juntos até o carro e cada um vai para seu respectivo banco. Eu me acomodo no assento do passageiro e o vejo colocar o cinto de segurança, o imito e sem demora ele dá partida.

— Foi Romero que te passou as informações, não precisa esconder de mim. Ele me trata como se eu fosse uma  garota do ensino médio. — reviro os olhos. — Romero acha que eu sou ingênua para algumas coisas, então ainda que agora não precise viver comigo para me proteger ele fará isso usando você. — digo e Josh me encara de soslaio.

— Se ele faz isso é porque sabe bem sobre como pode ser difícil viver nesse nosso mundo dos negócios. Então tanto ele quanto eu faremos o impossível para que as coisas não saiam do controle, para que, desse modo, nada te afete diretamente. —  ele diz tranquilamente.

— Então eu devo agradecer pela super proteção? — eu sorrio torto. — Muito obrigada.

Eu soei debochada, não propositalmente.

Conectei meu celular com o aparelho de som do carro via bluetooth e coloquei minha playlist aleatória para tocar. Começamos com Hits Different da Taylor Swift e terminamos com Ultraviolence da Lana Del Rey. Josh me suportou durante vinte minutos em seu carro fazendo caretas pela minha cantoria. Eu não tinha culpa de ter a melhor playlist do mundo, segundo revista euzinha.