SIX

1.4K 198 83
                                    

Pete oficialmente tinha vinte e cinco anos.

Havia organizado uma pequena festa de comemoração em seu apartamento, estavam presentes alguns amigos mais próximos e também sua família.

Mesmo que estivesse muito feliz, seu peito se enchia de esperança a cada vez que a porta se abria, mas murchava no segundo seguinte quando seus olhos não encontrava a pessoa por quem ansiava.

Vegas.
Aquele bastardo maldito sequer havia aparecido ou o parabenizado.

Haviam se visto pela última vez há exatos três dias, especificamente na manhã catastrófica em que Pete amanheceu na casa do mesmo. Ainda assim, ele com certeza havia visto o convite que o aniversariante passou por baixo da porta na noite anterior.

Após o bolo e algumas cervejas, Pete já estava impaciente e meio bêbado. Se tivesse o número de Vegas certamente já teria enviado algumas mensagens o mandando ir se foder.

Ele queria não se importar com a ausência de Vegas ali, mas isso realmente o incomodava.
Não sabia se somente pelo fato de se conhecerem há tempos ou se pela reaproximação, talvez os dois. Ou talvez só queria que Vegas visse o quão gostoso ele estava naquele blazer oversized combinado com uma camiseta que deixava sua barriga a mostra.

Pete ficaria puto e com o ego levemente ferido se Vegas estivesse atrasado por estar com alguma garota ou outro cara. No momento, Pete se achava mais quente que qualquer outro que Vegas pudesse ter em sua cama. 

[...]

Ao fim da festa e após a canção de parabéns, as esperanças de Pete sobre seu vizinho aparecer já estavam completamente esgotadas. Tentou ao máximo não parecer incomodado ou chateado, mas os sentimentos estavam estampados em seu rosto.

Os convidados iam embora aos poucos quando a campainha tocou. Pete estava quase se levantando para atender quando sua avó se prontificou a fazê-lo.

— Vegas! — a mulher diz na porta em tom de surpresa. Vegas sorri gentilmente e a cumprimenta — Uau, eu não te vejo desde que tinha a minha altura — ela brinca ao sinalizar o quanto o rapaz havia crescido. 

Ao ouvir o nome do vizinho, Pete se levanta do sofá e olha em direção ao mesmo. A vontade iminente de o socar surgiu no mesmo segundo que seu olhar se cruzou ao dele.

— Antes tarde do que nunca, não é? — Pete reclama e Vegas dá os ombros quando a senhora se retira. — Não vai comer bolo.

— Me chamou em cima da hora e eu meio que precisava de um presente, sabe? — Ele explica. Pete torce o nariz e olha para a caixa mediana que o é estendida.

— Não é nada imoral, não é? — ele questiona, conhecia bem o tipo de pessoa que Vegas era, não se surpreenderia se fosse um vibrador ou algo sexual. 

— Eu não denominaria exatamente assim, mas talvez queira abrir depois que sua avó for embora.

Pete assente desinteressado e pega a caixa, queria parecer imparcial mas a curiosidade de saber o que havia no interior da embalagem o atormentou pelos longos minutos que vieram depois. 

Apesar de saber que Vegas não tinha obrigação alguma de comparecer a sua festa, Pete não conseguiu evitar o sentimento de chateação e foi somente nisso que pensou enquanto ia contra as próprias palavras e cortava um pedaço de bolo para o bastardo.

A ideia de colocar algo na fatia era quase tentadora. 

— Aqui. — ele diz ao estender o prato para o rapaz,  Vegas estava relaxado no sofá com uma garrafinha de cerveja na mão. Eram os únicos restantes na casa.

SEX PARTNER || VEGASPETE FANFICTIONWhere stories live. Discover now