TWO

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Cinco dias haviam se passado. 

Não que Vegas estivesse ansioso ou algo do tipo, mas não era nada comum seu vizinho e amigo de infância bater em sua porta de manhã, o propor sexo e depois sumir. 
Quando disse que entraria em contato para acertar os detalhes, Vegas imaginou que seria naquele mesmo dia ou no seguinte. 

Depois que Pete saiu, ficou tão atordoado que sequer conseguiu adormecer novamente.
A última coisa que passou por sua mente foi que ficaria tão nervoso que checaria seu celular a cada vez que vibrasse, mas ali estava. Era o quinto dia desde aquela manhã e não havia visto Pete pelos corredores ou recebido mensagens. 

Era estranho o fato de se verem raras vezes sendo vizinhos de frente. Vegas sabia que Pete tinha uma espécie de canal na internet onde cozinhava receitas aleatórias, nunca se sentiu interessado o suficiente para assistir mas era de seu conhecimento a popularidade do mesmo.

De volta ao seu drama, Vegas se recusava a tomar alguma iniciativa sobre contatar Pete primeiro, não havia sido sua ideia, então, não era ele quem iria atrás e daria início aquilo. Se Pete quem tinha inventado aquilo, ele que deveria dar o primeiro passo. Era o justo.

Quando as portas do elevador se abrem, Vegas se desencosta da parede metálica e caminha para fora; seus braços estavam nus graças a regata preta que usava, o boné em sua cabeça tinha a aba virada para trás e sua câmera de trabalho estava sob o braço. Ao chegar no corredor do condomínio onde seu apartamento ficava ele encontra Pete escorado contra a porta. 

— Antes tarde do que nunca, hm? — Pete resmunga meio impaciente ao se endireitar, Vegas o olha por um segundo antes de revirar os olhos e destrancar a porta.

— Não sabia que tínhamos marcado alguma coisa. — ele responde quase rude ao adentrar o apartamento; tal como uma criança irritante, Pete o imita com um tom fino de voz ao que retira os sapatos. 

— Achei que estaria em casa. — o visitante diz ao jogar sua ecobag sobre o sofá sentando-se logo depois. 

— Ia saber que eu não estaria se me avisasse antes de aparecer. Eu trabalho, sabe? Meu pai não banca meu apartamento só por eu existir. — Vegas provoca sabendo que quem pagava a moradia de Pete era o pai do mesmo. 

— Está apenas colhendo as consequências de ser um serzinho desprezível na adolescência, não acha? — Pete questiona de modo retórico ao cruzar as pernas sobre o sofá — Deve ter fumado toda sua herança.

— Se não me dizer logo o que quer vou te chutar pra fora. 

— Eu já disse o que quero, vim fazer o que disse que faríamos. — o mais novo explica. 

— A coisa do sexo? — ele pergunta e Pete revira os olhos.

— A coisa dos termos. 

— Me lembro que disse alguma coisa sobre ser só sexo, por que tanta burocracia agora? — Vegas reclama abrindo a geladeira em busca de algo rápido para comer.

— Não é burocracia, só quero me certificar de que estaremos na mesma página a todo momento. 

Vegas dá os ombros sem muito interesse e Pete logo começa a citar suas exigências.
Entre os ditos estavam coisas como manter discrição, uso de preservativo, preparação adequada, sem beijos e mais uma pequena porção de coisas que Vegas não estava disposto a dar a devida atenção. Ainda achava vergonhoso um homem de vinte e oito anos estar negociando uma transa, mas estava disposto a ignorar isso.

— Você fez uma lista? — ele questiona ao ver Pete rabiscando uma folha; ele se aproxima e ri ao vê-lo com a pequena lista sob o título 'sex partner' — Você não existe, Saengtham. 

— É. Você não tem nenhuma DST nem nada do tipo, não é? Não quero pegar nada de você — Pete questiona batucando a ponta da caneta no queixo enquanto o olhava pensando naquela possibilidade. O quão trágico seria ficar doente por querer transar? — A gente pode atrasar isso alguns dias pra fazer testes.

— Eu não tenho nada, sei me cuidar. — Vegas garante. Pete não conhecia bem a pessoa que o rapaz era agora mas sabia que podia confiar naquelas palavras.

A letra garranchada de Pete não condizia bem com sua aparência limpa e perfeita, era quase hilário alguém tão perfeccionista ter uma caligrafia tão feia, porém ainda assim, Vegas entendia cada traço. 

— Não quer que eu me apaixone por você? — Vegas pergunta entalando uma risada, Pete dá os ombros e assente. 

— Sua fama não é muito boa por esses corredores, sabe? Não quero ter meu nome ligado ao seu ou ficar conhecido como uma das suas pessoas de uma noite. 

— Não preencheu o espaço de data. Quando quer que eu te coma? — Vegas questiona e Pete faz uma careta de desaprovação sobre o linguajar do rapaz, mas não diz nada.

— Amanhã a noite. 

— Estou parecendo mais como seu vibrador com pernas do que seu parceiro de sexo, não acha? — Vegas questiona observando o garoto guardar o papel e canetas na bolsa. 

— É o que você é, Theerapanyakul. — Pete provoca o lançando uma piscadela antes de sair dali. 

*

Oiooi
Só pra avisar, serão duas atualizações semanais sendo uma na terça e outra na sexta, 22h.
E sim, vou manter os capítulos curtinhos :))

Acompanhem minha fanfic ‘Boughted Love’, escrevi junto da minha amiga Mincrazy29

Ela também está escrevendo uma solo na conta dela que está incrível, vocês podem acessar pela aba 'conversas' ou pela minha lista de leitura 'VegasPete Fanfics'.

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xoxo

SEX PARTNER || VEGASPETE FANFICTIONOù les histoires vivent. Découvrez maintenant