The Half-Blood Prince - Severo Snape

Final

Castelo de Hogwarts

Severo dirigiu-se para a enfermaria como fazia todos os dias, não deixou de comparecer nenhuma única vez desde que Valerie ficou inconsciente. Ao chegar não conseguiu deixar de ouvir a conversa entre e pai da Valerie e uma medi bruxa que ele trouxe para consultar Valerie. Ela estava lhe explicando que se Valerie não acordasse logo, poderia nunca acordar. Seu coração se apertou diante dessa possibilidade. Depois que o professor Black se retirou junto com a medi bruxa, Severo caminhou até cama de sua namorada. 

   Ela parecia muito calma, como se estivesse se sentindo muito confortável seja lá aonde for que ela estivesse, como se ela estivesse desistido de voltar para casa, de voltar para ele. 

 
E um desespero inundou o seu peito. Aproximou seus lábios dos ouvidos de Valerie, ele não queria que ninguém mais ouvisse suas palavras e também não queria fazer uma cena. 

 
— Não ouse me deixar, está me ouvindo? Não importa aonde você vá, eu vou atrás de você. Acredite em mim Valerie, quando eu digo que não há lugar aonde eu não iria por você. Não existe força na terra ou fora dela que me impeça de estar ao seu lado. Por isso eu te peço, não eu te imploro volta pra mim, ou eu vou ser obrigado a me juntar a você. 

  
Severo não soube quando as lágrimas que molhavam a fronha branca começaram a fluir de seus olhos, mas não quis se deter, estava sendo sincero. Não conseguia ver sua vida sem ela e foi quando viu o leve tremor nas pálpebras da jovem, seu corpo estremeceu e ela inspirou fundo como se estivesse sido privada de ar por um longo tempo. Severo estendeu a mão e tocou na dela a encorajando a voltar. E só então ele os olhos castanhos piscarem e lhe encarar, por um breve momento foi somente isso que ela fez o encarou e então um lindo sorriso brotou em seus lábios e naquele momento Severo pensou que a vida era colorida novamente. 

  
Valerie sentiu como se estivesse caindo, ou precisamente sendo puxada para algo inevitável. Não conseguia controlar aquela sensação que era muito estranha, diferente de tudo que tinha sentido durante sua vida inteira... ela simplesmente sentia tudo a sua volta, a suave brisa em suas bochechas, a macieis do tecido a sua volta, a leve dor que percorria o seu corpo e o toque frio de uma mão envolvendo a sua. 

Então ela resolveu abrir seus olhos e a neblina que lhe cercou por dias já não estava mais a sua volta, piscou algumas vezes para desembaçar a visão e só então foi que ela percebeu, estava viva... Acordada novamente. A emoção inundou seu coração ao constatar que a mão que segurava a sua era de Severo. 

Os olhos negros transbordavam de alívio, as lágrimas lhe diziam que ele já estava em seu limite.   

  — Quanto tempo eu dormi?  

 
— Tempo demais.  

 
Os braços de Severo enlaçaram, era engraçado vê-lo tão espontâneo assim e por isso Valerie riu e o som melódico de risada aqueceu o coração de Severo.  

 
Algumas horas depois e várias visitas emocionadas Valerie se encontrava sozinha em seu leito na ala hospitalar. Queria muito ter falado com seu pai, mas quando ele chegou para lhe ver madame Pomfrey estava lhe examinando e ela não deixou que ninguém ficasse na ala hospitalar mesmo com todos os protestos de Severo. Até parecendo que seu pensamento o havia chamado seu pai adentrou as portas. Ele parecia um pouco incerto e por um momento nenhum dos dois falou nada. Mas o primeiro a romper o silêncio foi Alfardo, sorrindo um pouco sem jeito.  
 
— Você nos deu um belo susto Valérie.  

  — Sinto muito... pai.  

 
Alfardo esperava quase tudo, rejeição, indiferença e até mesmo raiva, mas quando a palavra pai saiu dos lábios de sua filha o impacto daquele gesto, da aceitação quase o deixou de joelhos.