26 - O Raio Sobre A Torre

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GATILHO 🚨: Automutilação.

Eu não quero de forma alguma incentivar qualquer tipo de comportamento autodestrutivo. Tudo o que estiver escrito nesse capítulo e em capítulos futuros com relação ao assunto citado diz respeito ao desenvolvimento de um personagem, não é para entretenimento gratuito e muito menos para você levar como conselho para a sua vida. Livros não são necessariamente manuais de como você tem que viver a sua vida, às vezes é mais de como você NÃO tem que viver a sua vida mesmo.

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Severo... por favor...

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Draco Malfoy odiava ser um traidor.

Ele imaginava que assumir o fato de que não queria que Voldemort vencesse o deixaria aliviado, mas tudo o que ele vinha ganhando não últimos meses eram mais dores de cabeça e horas sem dormir, já que agora tinha que guardar de todos um segredo que poderia custar a sua cabeça e a cabeça de seus pais.

Ele era um traidor, em todos os significados possíveis da palavra. E, como um traidor, ele vinha semanalmente ou mensalmente (sempre que Dumbledore decidia lembrar que tinha uma escola para cuidar, e voltava de suas viagens misteriosas), se reportando ao diretor da escola. Foram horas de preparação meticulosa para a execução de um plano que tinha muito potencial para dar errado. Além disso, havia o fato de que, mesmo meses depois de ter se tornado um traidor, ele ainda não tinha muita ideia do porquê Dumbledore o estava ajudando, quando essa ajuda parecia prejudicá-lo mais do que ajudá-lo.

No dia em que Draco contou tudo a ele, isso também incluiu o plano que o garoto apresentou ao Lord Voldemort, antes de as aulas começarem. O plano consistia no seguinte: na Sala Precisa, havia um Armário Sumidouro que se ligava com um armário idêntico localizado na Borgin & Burkes. O plano que ele apresentou a Voldemort consistia em consertar o armário de Hogwarts e, assim, criar um canal de ligação entre Hogwarts e a Travessa do Tranco. Uma passagem pela qual comensais da morte poderiam se infiltrar em Hogwarts. Era uma ideia boa o suficiente para Você-Sabe-Quem duvidar de que ele seria capaz de fazê-lo. Honestamente, Draco também duvidava, além de pensar seriamente que Dumbledore abominaria seu plano com todas as forças, afinal, que diretor permitiria cinco comensais da morte vagando por uma escola repleta de crianças?

Nem mesmo ele fora insano o suficiente para imaginar quão imprevisível Alvo Dumbledore poderia ser.

— Termine de consertar o armário. — Foi a ordem que Dumbledore deu a ele.

Draco tentou entender se era alguma pegadinha.

— O senhor... quer que eu arrume um jeito de trazer os comensais da morte para Hogwarts?

— Isso mesmo. — O diretor confirmou.

— Mas... como o senhor pode querer isso se...

— Você me disse que queria que seu pai saísse de Azkaban, Draco, estou correto?

— Sim, mas...

— Você me disse que queria que sua mãe ficasse segura e que sua família voltasse a ser o que era.

— Sim, senhor.

OLÍVIA POTTER [6]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora