D.O- Hotel Ceiling

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Tocar Música da Midia!

S/n olhou fixamente para as paredes beges do seu quarto de hotel, a sua mente perdida num mar de memórias. O cheiro da sua colónia ainda permanecia no ar, lembrando-a do homem que costumava estar ao seu lado.

Passaram-se meses desde a última vez que viu D.O., o seu antigo amante, mas as memórias do seu tempo juntos ainda a assombravam a cada momento em que estava acordada. Tinham-se encontrado neste mesmo hotel, ambos perdidos e à procura de algo que não sabiam bem nomear.

O S/n tinha sido um artista em dificuldades, tentando sobreviver servindo mesas e atuando em pequenos bares. D.O. era um homem de negócios, que parecia ter sempre um telefone colado ao ouvido e um cenho no rosto.

Tinham-se encontrado por acaso no átrio do hotel, e algo tinha estalado entre eles. Passaram as semanas seguintes juntos, explorando a cidade e uns aos outros. Riram-se, choraram, fizeram amor até às primeiras horas da manhã. Era o tipo de amor que só vem uma vez na vida, o tipo que ambos sabiam que era bom demais para ser verdade.

Mas, tão depressa como tinha começado, tudo se desmoronou. Um dia, o D.O. tinha feito as suas malas e saído sem uma palavra. S/n tinha tentado telefonar-lhe, para o localizar, mas ele tinha desaparecido no ar.

Tinha passado os últimos meses a tentar apanhar os pedaços do seu coração partido, mas nada parecia preencher o vazio que o D.O. tinha deixado para trás. Ela tinha voltado ao hotel, na esperança de que o ambiente familiar lhe trouxesse alguma sensação de conforto, mas tudo o que ela conseguia sentir era o vazio que vinha do facto de estar sozinha.

Enquanto estava sentada na beira da cama, S/n ouviu uma pancada na porta. Hesitou por um momento, perguntando-se se deveria responder-lhe. Mas algo dentro dela lhe disse para arriscar, para esperar que talvez, apenas talvez, fosse o D.O. do outro lado.

Ela abriu a porta, o seu coração disparou com antecipação. Mas a pessoa à sua frente não era um D.O. Era um estranho, um homem que ela nunca tinha visto antes.

"Desculpe-me, menina", disse ele, "Estou à procura de D.O. Sabe onde posso encontrá-lo?"

S/n sentiu uma forma de caroço na garganta enquanto balançava a cabeça. "Desculpe", disse ela, "não o vejo há meses".

O homem parecia desapontado, mas agradeceu-lhe e virou-se para se ir embora. Enquanto ela o observava a ir-se embora, S/n sentiu uma sensação de finalidade lavar-se sobre ela. Ela sabia que nunca mais voltaria a ver D.O., que ele estava perdido para sempre para ela.

Ela sentou-se de novo na cama, com os olhos fixos no teto. A letra da canção "Hotel Ceiling" de Rixton tocava na sua mente, as palavras ecoando a dor que sentia no seu interior.

Ela não podia deixar de se perguntar o que tinha acontecido ao D.O. depois de ele ter partido. Teria ele encontrado alguém novo? Teria ele voltado à sua antiga vida, deixando o tempo deles juntos como se nada mais fossem do que uma memória distante?

Ou se algo lhe tinha acontecido, algo que o tinha impedido de voltar para ela?

As possibilidades rodopiaram na sua mente, cada uma delas mais desolada do que a última. Mas não importava o que tinha acontecido, o facto era que o D.O. tinha desaparecido, e ela ficou sozinha sem nada mais do que as memórias do seu tempo juntos.

S/n sabia que precisava de seguir em frente, de encontrar uma forma de viver sem D.O. Mas ao olhar para o teto, não podia deixar de sentir uma sensação de saudade do homem que lhe tinha roubado o coração.

Ela fechou os olhos, deixando as lágrimas cair-lhe pelas bochechas abaixo.

Enquanto as lágrimas corriam pelo seu rosto, S/n ouvia o som fraco do seu telefone a tocar à distância. Hesitou por um momento, não tendo a certeza se queria atendê-lo, mas acabou por decidir pegá-lo.

"Olá?", respondeu ela, a sua voz mal acima de um sussurro.

"S/n?" uma voz familiar falou do outro lado. Era D.O.

O coração de S/n parou enquanto ela tentava recuperar o fôlego. "D.O.?", perguntou ela, não ousando acreditar que era realmente ele.

"Sou eu", respondeu ele, a sua voz pesada de emoção. "Sei que não devia estar a chamar-te, mas tive de ouvir a tua voz uma última vez".

S/n não sabia o que dizer. Ela tinha passado tanto tempo a tentar esquecê-lo, a tentar seguir em frente com a sua vida, e agora ele estava de volta, agitando todos os sentimentos que ela pensava ter enterrado.

"Pensei que tinha desaparecido", disse ela, a sua voz tremendo de emoção.

"Eu estou", respondeu D.O., a sua voz suavemente. "Sinto muito, S/n. Peço desculpa por tudo".

S/n conseguia ouvir a dor na sua voz, e ela sabia que ele estava a sofrer tanto como ela. "Porque se foi embora", perguntou ela, incapaz de manter a dor fora da sua voz.

"Tive de", respondeu ele, a sua voz mal se ouvia acima de um sussurro. "Havia coisas que eu precisava de tratar, coisas que não podia ignorar por mais tempo".

S/n queria acreditar nele, queria pensar que ele tinha uma boa razão para a deixar para trás, mas ela não podia deixar de sentir que ele a tinha abandonado.

"Sinto a sua falta", disse ela, a sua voz a partir-se. "Tenho tantas saudades tuas".

Houve uma longa pausa no outro extremo da linha, e a S/n pensou que talvez ele tivesse desligado. Mas então ela ouviu D.O. respirar fundo.

"Também tenho saudades tuas, S/n", disse ele, a sua voz cheia de emoção. "Penso em ti todos os dias".

S/n não sabia o que dizer. Ela queria chegar pelo telefone e abraçá-lo, dizer-lhe que tudo ia correr bem, mas sabia que não conseguia.

"Eu não sei o que fazer", disse ela, a sua voz mal acima de um sussurro. "Não sei como viver sem ti".

Houve uma longa pausa do outro lado da linha, e S/n pensou que talvez ele tivesse desligado. Mas depois ela ouviu D.O. respirar fundo.

"Sinto muito", disse ele, a sua voz cheia de emoção. "Lamento muito por o ter magoado".

S/n não sabia o que dizer. Ela queria perdoar-lhe, dizer-lhe que tudo ia ficar bem, mas sabia que não era assim tão simples.

"Tenho de ir", disse ela, a sua voz mal se elevava a um sussurro.

"Eu compreendo", respondeu D.O., a sua voz pesada de tristeza. "Cuida de ti, S/n".

S/n desligou o telefone e desmaiou na cama, o seu coração doía de dor. Ela não sabia o que o futuro lhe reservava, não sabia se voltaria a ver D.O., mas sabia que nunca esqueceria o homem que lhe tinha roubado o coração.

Enquanto estava ali deitada, a olhar para o teto, as palavras da canção "Hotel Ceiling" tocavam na sua mente, um lembrete do amor que outrora tinha sido, e da dor que tinha sido deixada na sua esteira.

Olá, a todos/as!
Espero que tenham gostado desta história.
Se tiverem algum pedido, não hesitem em fazê-lo que irei com todo o gosto, dedicação, amor e carinho escrevê-lo.
Até ao próximo imagine!

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