Sehun- How can I love the heartbreak, you're the one I love

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Tocar Música da Midia!

A rua lá fora estava pouco iluminada, a única fonte de iluminação vinha dos candeeiros de rua que ladeavam o passeio. Era uma noite calma, daquelas que convidam à introspeção. Sentei-me na beira da minha cama, olhando fixamente para a fotografia emoldurada na mesa de cabeceira. Nela, S/n e eu estávamos a sorrir, de braços dados um com o outro. Parecíamos tão felizes, tão apaixonados. Mas as coisas tinham mudado e eu vi-me confrontada com uma decisão difícil.

Eu e o S/n estávamos juntos há anos e o nosso amor já tinha sido o tipo de amor sobre o qual se escreviam canções. Éramos inseparáveis, duas almas que se tinham encontrado num mundo caótico. Mas, ultimamente, algo tinha mudado. A nossa ligação, outrora sem esforço, tinha começado a desgastar-se, e o amor que outrora fluía tão livremente entre nós parecia agora uma memória distante.

Suspirei e passei uma mão pelo cabelo, sentindo o peso da decisão que tinha de tomar a pressionar-me. Eu ainda amava S/n, disso não havia dúvidas. Mas o amor nem sempre era suficiente, e a nossa relação tinha-se tornado uma fonte constante de stress e infelicidade.

As primeiras fissuras tinham aparecido há meses. Estávamos ambos tão ocupados com as nossas respetivas carreiras que mal tínhamos tempo um para o outro. O que antes era uma parceria amorosa tinha-se transformado numa série de chamadas não atendidas, mensagens de texto não respondidas e planos cancelados. As nossas conversas tinham-se tornado pouco fluidas e o riso fácil que partilhávamos tinha desaparecido.

Não conseguia identificar o momento exato em que as coisas começaram a desmoronar-se, mas sabia que sim. Tínhamo-nos distanciado e a nossa ligação tinha-se tornado tensa. Era como se estivéssemos a viver em universos paralelos, os nossos caminhos já não se cruzavam.

Olhei para a fotografia, o meu coração doía com as memórias que ela continha. Houve uma altura em que não conseguia imaginar a minha vida sem o S/n, em que ele era tudo para mim. Mas agora, não podia deixar de me questionar se manter esta relação era a coisa certa a fazer.

Eu sabia que acabar tudo seria doloroso. Iria despedaçar o meu coração ao dizer adeus à pessoa que tinha sido a minha rocha durante tanto tempo. Mas também sabia que agarrar-me a um amor que já não funcionava estava a prestar um mau serviço a ambos.

A ideia de ter essa conversa com S/n fazia-me revirar o estômago. Como é que se diz a alguém que se ama que se quer acabar com a relação? Como é que se põe em palavras a dor e a confusão que se sente? Tinha ensaiado a conversa na minha cabeça milhares de vezes, mas as palavras pareciam sempre escapar-me.

Peguei no meu telemóvel e fiquei a olhar para o ecrã, a pensar se devia ligar para o S/n ou enviar uma mensagem. Eu sabia que esta era uma conversa que precisava de acontecer pessoalmente, mas a ideia de ver a mágoa nos seus olhos era quase insuportável.

No final, optei por uma mensagem de texto, escrevendo uma mensagem cuidadosamente redigida a explicar como me sentia. Carreguei no botão enviar e arrependi-me imediatamente. Foi uma atitude cobarde, e eu sabia-o. Mas não conseguia fazê-lo cara a cara.

Os minutos passavam, cada um parecendo uma eternidade. O meu coração acelerou enquanto esperava por uma resposta. Finalmente, o meu telemóvel tocou e vi o nome de S/n no ecrã. Respirei fundo e abri a mensagem.

A resposta deles foi uma mistura de confusão, raiva e tristeza. Queriam saber porque é que eu estava a fazer isto, porque é que estava a deitar fora o que tínhamos. E eu não tinha uma boa resposta. Tudo o que podia dizer era que não queria continuar a magoar-nos um ao outro, que merecíamos encontrar a felicidade novamente, mesmo que fosse separados.

Os dias que se seguiram foram um borrão de lágrimas, discussões e mágoas. Encontrámo-nos pessoalmente, como devíamos ter feito desde o início, e a dor nos olhos do S/n foi como uma faca no meu coração. Não conseguia escapar à culpa que se apoderou de mim, à sensação de que era eu que estava a causar esta dor.

Mas, no fundo, eu sabia que era a decisão correta. A nossa relação tinha-se tornado tóxica e estávamos ambos a afogar-nos nela. Não era justo para nenhum de nós continuar naquele caminho.

Com o passar das semanas, a realidade da nossa separação começou a fazer-se sentir. Mudei-me do nosso apartamento partilhado para uma pequena casa só minha. O silêncio era ensurdecedor, e o vazio do espaço servia como uma lembrança constante do que tínhamos perdido.

Atirei-me ao trabalho, usando-o como uma distração da dor. Mas por muito ocupado que estivesse, S/n estava sempre presente na minha mente. Sentia falta do seu riso, do seu toque, da sua presença na minha vida.

Uma noite, enquanto estava sentado sozinho no meu novo apartamento, recebi uma mensagem do S/n. Era uma mensagem simples, que me apanhou desprevenida. Diziam-me que tinham saudades minhas e que ainda me amavam.

As lágrimas brotaram-me nos olhos ao ler aquelas palavras. O amor entre nós nunca tinha desaparecido verdadeiramente, mas tinha sido enterrado debaixo de uma montanha de mágoa e confusão. Eu não sabia o que o futuro nos reservava, mas sabia que não podia ignorar a mensagem deles.

Concordámos em encontrar-nos, em falar, para ver se havia alguma esperança de recuperar o que tínhamos. Foi uma conversa difícil, cheia de lágrimas e pedidos de desculpa. Ambos reconhecemos os nossos erros e as formas como nos tínhamos magoado um ao outro.

No final, decidimos dar outra oportunidade ao nosso amor. Sabíamos que não seria fácil, que teríamos de trabalhar arduamente para reconstruir o que tinha sido quebrado. Mas também sabíamos que valia a pena lutar pelo nosso amor.

À medida que os dias se transformaram em semanas e meses, começámos lentamente a recuperar a nossa relação. Comunicávamos mais abertamente, arranjávamos tempo um para o outro e aprendíamos a apreciar o amor que nos tinha unido.

Não foi um final de conto de fadas, e certamente não foi isento de desafios. Mas estávamos dispostos a fazer um esforço, a lutar pelo nosso amor, porque percebemos que, por vezes, mesmo quando o caminho é difícil e incerto, o amor vale o risco.

Olhando para trás, para aquela noite escura em que tomei a dolorosa decisão de terminar a nossa relação, não pude deixar de sentir uma sensação de gratidão. Foi através dessa dor e mágoa que S/n e eu encontrámos o caminho de volta um para o outro, mais fortes e mais empenhados do que nunca.

O amor nem sempre foi fácil, e certamente nem sempre foi perfeito, mas era real e valia a pena. E quando olhei para a fotografia emoldurada na minha mesa de cabeceira, soube que a nossa história de amor estava longe de ter terminado. Era uma história de resiliência, perdão e o poder duradouro do amor.

Olá, a todos/as!
Espero que tenham gostado desta história.
Se tiverem algum pedido, não hesitem em fazê-lo que irei com todo o gosto, dedicação, amor e carinho escrevê-lo.
Até ao próximo imagine!

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