Baekhyun- Love Always Runs Away

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Tocar Música da Midia!

Enquanto me encontrava na sala pouco iluminada, rodeada pelas melodias suaves de um velho disco de vinil, não conseguia deixar de sentir o peso das minhas emoções a pressionar-me como uma chuva forte. Amor e desgosto, duas emoções tão entrelaçadas que pareciam duas faces da mesma moeda. Nunca pensei que me encontraria aqui, neste momento, a debater-me com estes sentimentos complexos.

Tudo começou quando a conheci, S/n. O seu nome era uma melodia que tocava na minha mente, uma melodia que eu não conseguia esquecer. Conhecemo-nos nas circunstâncias mais comuns, num café cheio de gente, numa tarde chuvosa. Os nossos olhos fixaram-se por um breve momento e, nesse instante, senti uma ligação, uma faísca que acendeu algo profundo dentro de mim.

Começámos a falar e, à medida que partilhávamos histórias e risos, senti-me apaixonado por ela. Era como se o mundo se tivesse desvanecido, e tudo o que existia éramos nós os dois, perdidos na nossa pequena bolha de felicidade. O amor tinha uma maneira de fazer tudo parecer mais brilhante, mais bonito.

Mas, tal como acontece com todas as coisas bonitas, havia escuridão à espreita mesmo por baixo da superfície. À medida que os dias se transformavam em semanas, comecei a sentir uma mudança nela, uma distância que ela estava a colocar entre nós. Foi subtil no início, mas foi crescendo a cada dia que passava. As mensagens de texto tornaram-se menos frequentes e os nossos encontros cada vez mais curtos.

Tentei ignorar o facto, convencendo-me de que estava apenas a ser paranoico, que ela estava apenas a passar por uma fase agitada da sua vida. Mas, no fundo, eu sabia que algo estava errado. O amor tem uma maneira de nos tornar cegos aos sinais, de nos fazer agarrar mesmo quando devíamos deixar ir.

No dia em que ela finalmente me contou a verdade, o meu coração partiu-se num milhão de pedaços. Ela sentou-me no mesmo café onde nos conhecemos, com os olhos cheios de tristeza e arrependimento. Ela disse as palavras que eu mais temia, palavras que me cortaram como uma faca. Ela já não me amava.

Senti-me como se o mundo se tivesse desmoronado à minha volta. O amor que outrora me tinha trazido tanta alegria era agora a fonte da minha dor mais profunda. Era uma dor que me consumia, que me deixava sem ar. Tentei conter as lágrimas, mas elas jorraram dos meus olhos como um rio que atravessa uma barragem.

Nos dias que se seguiram, dei por mim a afogar-me num mar de desgosto. Cada música na rádio parecia ser uma recordação dolorosa do que eu tinha perdido. Não conseguia escapar às recordações do tempo que passámos juntos, às gargalhadas e aos sonhos partilhados que agora pareciam ecos distantes de uma vida passada.

Tentei fazer a minha rotina diária, mostrando-me corajosa para o mundo, mas, por dentro, estava um caos. O amor e o desgosto tornaram-se os meus companheiros constantes, duas emoções que pareciam inextricavelmente ligadas. Era como se estivessem a jogar um jogo cruel, revezando-se para me atormentar.

Ficava acordada à noite, repetindo as nossas conversas na minha mente, à procura de pistas sobre onde é que tudo tinha corrido mal. Culpava-me a mim própria, pensando que tinha sido eu a fazer aquilo. Culpava-me a mim próprio, pensando que devia ter feito alguma coisa para a afastar. Mas, no fundo, eu sabia que, às vezes, o amor simplesmente desaparece e não há nada que se possa fazer para o impedir.

Tentei distrair-me com trabalho e passatempos, mas nada conseguia preencher o vazio que ela tinha deixado. Era como se uma parte de mim tivesse sido retirada, deixando-me incompleto e vazio. O amor tinha sido a minha âncora, e agora essa âncora tinha desaparecido, deixando-me à deriva num mar de incerteza.

Não podia deixar de me perguntar se alguma vez voltaria a amar, se alguma vez encontraria alguém que fizesse o meu coração disparar como ela. Parecia impossível, como tentar apanhar um raio numa garrafa. O amor era uma coisa inconstante, e eu tinha aprendido da maneira mais difícil que ele podia escapar-nos por entre os dedos quando menos esperávamos.

Mas à medida que os dias se transformavam em semanas e as semanas em meses, comecei a curar-me lentamente. A dor do desgosto começou a desvanecer-se, como uma tempestade distante a afastar-se no horizonte. Apercebi-me que era mais forte do que pensava, que podia sobreviver até às feridas mais profundas.

Comecei a ver o amor de uma forma diferente, não como uma fonte de dor, mas como uma dádiva que me tinha trazido felicidade. Foi uma constatação agridoce, mas foi um passo em direção à cura. O amor e o desgosto continuavam a ser emoções complexas, mas eu tinha aprendido que faziam parte da experiência humana, que faziam de nós aquilo que somos.

E assim, continuei a explorar a intrincada dança do amor e do desgosto, sabendo que eram duas faces da mesma moeda, inseparáveis e entrelaçadas. Não podia prever quando o amor voltaria a bater-me à porta, mas já não tinha medo da dor do desgosto. Tinha sobrevivido a ele uma vez e sabia que podia sobreviver de novo.

Enquanto o disco de vinil tocava a sua última canção, fechei os olhos e deixei que a música me invadisse. Amor e desgosto, duas emoções que me tinham posto de joelhos e depois me tinham levantado de novo. Faziam parte da minha história, faziam parte de quem eu era, e eu estava determinada a abraçá-las, a deixar que me transformassem numa pessoa mais forte e mais sábia.

E quando olhei para o mundo lá fora, sabia que o futuro me reservava tanto alegria como tristeza, mas estava pronta para o enfrentar, armada com as lições que tinha aprendido nesta viagem de amor e desgosto.

Olá, a todos/as!
Espero que tenham gostado desta história.
Se tiverem algum pedido, não hesitem em fazê-lo que irei com todo o gosto, dedicação, amor e carinho escrevê-lo.
Até ao próximo imagine!

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