Ser humano Ruim

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Cheguei em casa com as compras, quieta eu arrumei tudo em seu lugar e segui para o banheiro. Chaer estava em seu quarto estudando com a porta fechada, o que explica ela não ter me ouvido chegar. Liguei o chuveiro e entrei dentro dele, de roupa e tudo. Senti meu coração doer e então finalmente deixei as lágrimas cairem e se misturarem com a água quente. Me sentei no chão apoiana na parede e fechei os olhos. Chorava com força, sem me preocupar em fazer barulho ou não, só queria que esse sentimento se liberte logo.

-Yeji?

Chaer saiu do quarto me procurando. Não demorou para me achar já que o chuveiro fazia barulho ainda mais alto com a porta do banheiro aberta. Ela entrou devagar mas apressou os passos ao me encontrar agaichada ali.

-Meu deus você ta doida? Temos máquina de lavar roupas sabia?

-Eu vi a Ryunjin, Chae. Ela estava tão tão linda como sempre e tão cheirosa mas não quis nem olhar na minha cara direito.

Chae fechou o chuveiro e se abaixou na minha frente. Passou as mãos nos meus cabelos os colocando para trás e suspirou.

-Você falou com ela?

-Ah eu tentei... Mas ela não quis me ouvir. Ela está realmente brava com toda essa situação e tem razão. O que eu fiz não foi legal, não afetou somente o Bam afetou ela e a mim também. Eu não medi as consequências e não me controlei. Vou viver pra sempre com o fardo de ter traído quem eu amo. Por que eu só não... terminei?

-Foi o que eu te perguntei o tempo todo.

-Me desculpa

Chaer entrou no box e me abraçou colocando minha cabeça enxarcada em seu peito e fazendo carinho em meus cabelos.

-Está tudo bem. Não é pra mim que você deve desculpas, estou aqui pra ti eu concordando ou não com o que você fez. Mas precisa dar um tempo pra Ryunjin, é compreensível ela não querer falar contigo. Sei que dói, mas são as consequências das suaa ações. Se dói em ti, imagina nela que estava começando a gostar de ficar contigo. Porra ela descobriu isso contigo dentro da casa dela. Ela deve estar sensível ainda. Você precisa cuidar de você agora, sem preocupação com os outros. Onque ta feito ta feito, não tem como voltar no passado. Só assume e bola pra frente. Estaremos aqui contigo. Tabom?

Suspirei. Chaer sempre sabe me confortar e me dar um tapa ao mesmo tempo. Normalmente seus tapas na cara são com luvas de veludo, ela parece escolher muito bem as palavras pois sempre sabe o que dizer. Eu me aconhceguei em seus braços e concordei com a cabeça.

-Tabom, agora você vai tomar um banho pra tirar essa roupa molhada que eu vou preparar a sala pra gente ficar agarradas ok?

Chaer selou o topo da minha cabeça e se levantou. Saiu do banheiro me deixando novamente sozinha e com a porta fechada. Me levantei devagar e tirei as roupas pesadas. No meu tempo terminei de tomar banho e de me trocar. Encontrei com Chae na sala. Ela estava sentada no sofá que só de olhar já mostrava conforto. Ele estava repleto de almofadas, com uma coberta de pelinhos, dois travesseiros para encostarmos e na mesinha de centro na frente um balde de pipoca, uma garrafa que por ser colorida não sei dizer o quem tem dentro, alguns doces como fini e chicolate e o controle remoto da televisão já ligada. Ela abriu metade do nosso estoque de doces para emergência não sei se acho fofo ou se choro.

-Vem

Chaer notou minha presença e me chamou dando batidas no sofá ao lado dela. Andei e me sentei ali. Ela me cobriu e segurou o controle me olhando.

-Peguei uma dose reforçada de doce de emergência dessa vez e fiz seu suco favorito de morango com maracujá. Vamos assistir alguma comédia ou terror psicológico. O que prefere?

Got'yaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora