Capítulo 21 - Pedaço gelado de mal caminho

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Tudo bom? Lembra o que aconteceu no capítulo passado? Não? Então acompanha:

Depois da fuga das Jeongchaeng até o parque, já de noite, Jeongyeon foi levada primeiro até a casa de Chaeyoung para dar um jeito no machucado horroroso que ficou na perna. Passada a boiolagem, é preciso encarar a realidade de voltar para casa tarde da noite e bater um papo cabeça com a própria mãe sobre o caos que se vive a família Yoo.

No dia seguinte nós temos a confirmação que Chaeyoung é a mais boiola do casal e que Jeongyeon não consegue enxergar nenhum dos seus erros, colocando um amizade de ouro em xeque.

#ClubeJeongchaeng🎭

Os clamores levantados aos céus pediam perdão por todos os pecados, já não aguentando o clima de horror do auditório. A causa já não era a presença da professora Lee Sieun, antes fosse! Ao menos não suariam bicas.

"Passa pra cá." Park Jimin assaltou a bolsa térmica e pôs no pescoço.

Era uma nojeira de suor se misturando, mas Jeongyeon iria para a luta por mais uns segundos com o trocinho gelado na pele... assim que a força fosse restaurada.

Tudo ali lembrava o inferno, do calor aos olhares repressivos da professora, ainda precisava ir ao clube esúpido em dia de férias. Eram seus preciosíssimos quinze dias longe daquele covil — ou doze dias, ainda viria para as recuperações.

A raiva era o gás necessário para brigar pela bolsa térmica.

A compressa raspou pelos dedos, mas o inimigo, esperto, desviou o prêmio para o outro lado do pescoço. Jeongyeon ajoelhou no banco no mesmo instante e partiu pra cima!

"Chega disso!" A luta foi cessada assim que o objeto saiu do meio do campo de batalha. "Isso nem é pra vocês." Chaeyoung sacudiu na frente dos dois, em pé na fileira de trás.

Só poderia ser provocação!

O que precisava fazer para ter o direito de refrescar um pouco a pele? Implorar? Forçar um olhar pidão e juntar as mãos em súplica? Não havia água gelada em nenhum bebedouro, as centrais de ar pouco funcionavam, Jeongyeon transpirava por todos os poros e o suor sujava mais o cabelo. Não aguentava mais a sensação de estar preguenta o tempo inteiro! O calor mataria logo, logo.

"Obrigada, Chaeyoungie." Yoo Jimin pegou a bolsa térmica com um sorriso sincero.

E foi entregue para quem menos precisava! Ela já tinha um mini ventilador exclusivo! Jeongyeon virou emburrada.

A princesinha ainda limpou a compressa na calça de Park Jimin, que por pouco não verbalizou um agradecimento.

O cabelão saudável estava preso num coque, e enquanto o ventiladorzinho era direcionado ao rosto, a bolsa térmica era para o pescoço. As bochechas da garota estavam vermelhas e até a respiração parecia fadigada.

Antes de apitar qualquer preocupação, a música tosca dos seis anões já ao fim era a chamada para a Jimin voltar ao palco.

"Acabem com isso ou acabem comigo." Jeongyeon gemeu.

"Não chama a morte, que ela vem." O garoto revirou os olhos.

Os dois nem engataram em mais uma discussão idiota, ocupados demais em secar o pedaço gelado de mal caminho.

"Jiminie, fuja para o palco antes que esses dois te ataquem." Chaeyoung deu um toque no ombro da garota que permanecia um tanto dispersa.

Assim que a desejada foi para longe, já não valia a pena reclamar alto. Nem queria mais receber chamada da professora que fizesse relembrar cada humilhação já vivida.

PendenteWhere stories live. Discover now