֎𝐖𝐎𝐑𝐒𝐓 𝐅𝐄𝐀𝐑֍ - 𝑨𝒛𝒓𝒊𝒆𝒍

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Azriel x reader

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"Qual é o seu pior medo?"

Você perguntou isso a ele de forma despreocupada. Como se não fosse algo que ele temesse a cada minuto de cada dia e não o sentisse toda vez que fechava os olhos.

"Meu pior medo?", ele respondeu, tentando combinar o tom dele com o seu tom alegre.

"Sim. Seu pior medo."

Ele exalou pelo nariz e passou o polegar pelo osso nu do seu quadril. Os lençóis escondiam a maior parte de seus corpos úmidos.

Ele não queria explicar isso. Trazê-lo à existência. Até mesmo a possibilidade de isso acontecer o fazia ter vontade de vomitar.

Então ele mostrou a você.

Ele tirou as mãos do seu cabelo e dos seus quadris e gentilmente guiou seus dedos ao longo do tecido cicatrizado das mãos dele. Você percorreu as pontas dos dedos dele até o meio dos pulsos. Nem um centímetro de pele passou despercebido.

Foi uma das poucas vezes em que Azriel não as detestou completamente, e uma das muitas vezes em que você as adorou.

"Você", disse ele. "Sentindo esse tipo de dor. Sempre."

~~*~~

Ele sabia que não deveria ter falado isso.

Sem nenhuma lembrança de como, quando ou por quê, Azriel se viu em um corredor escuro e tão apertado que não conseguia respirar.

Suas costas estavam pressionadas contra uma parede fria, de modo que ele não tinha outro caminho a não ser seguir em frente.

Seu coração batia forte em seus ouvidos e sua respiração acelerava a cada passo que dava.

O corredor era escuro, vazio, sem fim e sem alma.

Depois do que pareceram horas de caminhada, Azriel começou a notar que as paredes estavam ficando cada vez mais finas. A pedra se transformou em postes, e as paredes geladas se abriram em celas.

Celas.

Azriel estava em uma prisão. Uma prisão vazia e sombria.

De repente, como se o próprio lugar estivesse esperando que ele percebesse, uma fileira de tochas de obsidiana se acendeu na parede à sua esquerda e depois à sua direita.

As luzes se acenderam e se acenderam e se acenderam.

Mas, ainda assim, Azriel permanecia completamente sozinho.

Suas costas e ombros doíam de tanto segurá-los, e seus olhos começaram a lacrimejar enquanto a derrota se instalava em seu estômago.

Ele não tinha escolha. Tinha de continuar.

O lugar estava tão frio que ele podia ver sua respiração ao expirar, e ele deu um último passo à frente antes que os gritos começassem.

Seu cérebro levou alguns segundos para reconhecer de quem se tratava, mas seu corpo não levou tempo algum.

Ele abandonou todo o senso de razão, pânico e lógica.

Seu corpo conhecia você e ele confiava que o levaria até você.

𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔 𝑨𝒄𝒐𝒕𝒂𝒓 𝟏Onde histórias criam vida. Descubra agora