Será Verdade?

Chapter 10

O vento colide contra o meu rosto nervoso cada passo da casa; assim que chegamos ao início do corredor que vai em direção à suite, Paul larga as crianças no chão.

- A vossa mão está naquele quarto, ela vai ficar muito feliz quando voltar a ver vocês. - Os garotos olham para mim desconfiados, porém seguem caminho em direção a Claire. Paul segue ao meu lado e sinto uma mão sua pousada em meu ombro.

Está apenas a consolar-me e agradeço o gesto.

- Mamã. - Assim que chegamos à gigante porta da suite, os gémeos correm desesperadamente para Claire, sentada à mesa da cozinha com um copo de chá de camomila em suas mãos. Sorrio com as lágrimas miúdas de Claire assim que observar os seus filhos.

- Os meus bebés. - Apesar do seu corpo doloroso, Claire apanha os garotos em seu colo, que beijam a sua face. Ela reclama um puco de dor, mas o carinho que recebe alivia qualquer desconforto. - Muito obrigada.

Consigo sentir a leveza e a sinceridade de suas lágrimas que ameaçam escorrer pelas suas suaves bochechas e acarinhadas pelos seus filho. Aceno com a cabeça e chamo uma das mulheres de aventais que trouxe Claire.

- Como está ela? - Pergunto para a mulher que veio em meu auxílio.

- A senhorita está mais calma; acabou agora de dar banho, sempre com a nossa ajuda. Está agora a preparar-se para descansar. - Suspiro de alívio e sorrio para Claire que observo atrás do corpo da mulher de avental.

- A Claire precisa de se hospedar nesta suite, ainda mais precisará da vossa ajuda e colaboração. Eu irei falar com o senhor LeBlanc para saber onde eu e Aurora ficaremos. - Pouso um mão no ombro na mulher assim que assente para mim e avanço para fora do corredor, acompanhada de Paul.

- Eu preciso de falar agora com o Damian, será que você sabe onde ele está? - Viro-me para Paul, que se mantém tenso perto de mim. Percebo a sua reação assim que profere a resposta à minha pergunta.

- O senhor LeBlanc está neste momento no cabaré a questionar todas as dançarinas, para ter a certeza de que todas sejam mais de vinte e cinco anos para dançar. Vai colocar mais câmaras ao logo dos espaço e seguranças à porta do banheiro. - Fico levemente satisfeita com as suas atitudes, mas ao mesmo tempo preocupada. Damian está em perigo ao lado dos mafiosos que assassinaram os seus pais.

- Eu não consigo entender; se o Damian é tão preocupado com as mulheres, então porque continua a mantê-las a dançar aqui para homens perigosos? - Questiono perturbada sem entender as atitudes de Damian.

- São através das dançarinas e nestes cabarés que o senhor Leblanc consegue fazer a circulação da venda de droga, para que ninguém da justiça perceba. Para além disso, nós tentamos fazer de tudo para não colocar nenhuma dançarina  em risco. - Rio de forma sarcástica para a sua confissão e Paul logo percebe o porquê.

- Não foi isso que me pareceu com a Claire. - Grito exaltada e, assim que me apercebo, torno a caminhar, ainda com Paul ainda atrás de mim. Agora que se sabe que um dos rufias italianos conheceu a residência, a segurança aumentou ainda mais.

- Eu só gostaria que a senhorita soube-se que estas dançarinas são muito bem pagas e, quando há possibilidade, são levada até casa. Sem ser desta vez, nenhuma das mulheres de queixou de maus tratos. - Respiro controladamente e caminho ao longo do corredor até ao campo de golfe, com a intenção de ir até ao cabaré.

Porém gargalhadas divertidas travam as minhas pernas na relva verde.

Damian está a sair do cabaré, ainda a ser inspecionado por autoridades pessoas, e corre até Aurora, que estava a brincar com Mary. Damian abre os seus braços para permitir que o corpo de minha filha o abrace e logo a beija na face.