Chapter 10 - Designs

54 11 1
                                    

Larry pintava ao som de uma de suas músicas favoritas do Guns N'Roses: Rocket Queen.

A sua frente estava uma tela vazia, em sua mão esquerda o pincel e em seu colo uma mistura de tintas chegando a diversos tons de azul. Larry era um viciado completo. Memorizou cada detalhe, cada cicatriz, e as colocava em tela.

Sabia que o melhor era pedir permissão, mas era a sua forma de colocar o sentimentos para fora. Esconderia aquela tela do mundo, mas precisava pintar aquele belo rosto de Sal Fisher.

Colocaria seus sentimentos em tela, através de pincéis, tintas e padrões, que formavam cada cicatriz, cada marca do belo rosto, delineando os traços perfeitamente, como um verdadeiro profissional.

Sally conseguia ser mais belo e profundo do que as grandiosas obras de arte de Vicente Van Gogh. Sally tinha os olhos tristes mais lindos que já vira, e seriam mais lindos ainda se brilhassem em felicidade. Se as lágrimas fossem substituídas por faíscas de amor. Larry daria sua vida para velos se curvarem em felicidade para si a todo o momento, e em todas as vezes sorriria ao sentir o coração apertando e esquentando em paixão. 

Sal só poderia ser classificado como uma obra prima do universo, doce e frio, ao mesmo tempo que tão amargo e quente. Tão adorável, mas tão agressivo. Tão inocente mas tão...

Sensual...?

A quem Larry queria enganar? Sally era extremamente sexy, não havia outra definição. Perfeito, puro, adorável e quente... E, Deus como era quente!

Era magro, isso não podia negar, porém era apenas mais uma característica para Larry se perder em admiração e sorrir como um idiota no travesseiro enquanto se imaginava envolvendo aquele pequeno corpo em seus braços.

Sua altura dava um ar adorável em contraste com o rosto inocente e com um ar puro, de quem desconhece a maldade mesmo sendo vítima dela diariamente.

As mãos eram compridas e finas, porém pequenas comparadas ás de Larry. Eram delicadas e frias. Elegantes e doces. Poderiam servir para tantas indecencias, ao mesmo tempo que tão inocentes.

Os olhos eram azuis, mas não cinzentos como a chuva, azuis como o mar. A calmaria oceânica tempestuosa, comparável á melancolia de uma tempestade em alto mar, de um oceano agitado.

Larry se sentia como um marinheiro em alto mar, que entrou nessa tempestade bela e melancólica e não sabia mais sair

"Se quer cogitava a ideia..."

Doces olhos azuis... Os olhos tristes mais lindos que o moreno já vira. Doces e desesperados por socorro, clamando por salvação, mesmo que seus lábios e cordas vocais se negassem a pedir em voz alta.

Nessas horas o Johnson queria ser Poseidon, e acabar com a tempestade dolorosa naquele mar azul tão lindo e expressivo, capaz de sugar qualquer pessoa para dentro, e Larry era um deles, e se afogaria naquelas águas cristalinas com um sorriso bobo no rosto, pois é exatamente aonde ele precisava estar.

"Se afundando naqueles profundos olhos azuis como o mar."

A dolorosa realidade o acordou de seu transe no momento que o seu telefone começou a tocar, e foi então que Larry percebeu que a música havia parado.

Ao pegar o telefone, viu estampado na tela o apelido que sabia muito bem de onde vinha.

"Gata ;p"

Ashley que havia colocado seu nome e dizia que se o moreno mudasse ela nunca mais falava com ele. E quando a Campbell falava ela cumpria, uma mulher de palavras.

Larry não demorou muito para atende-la logo ouvindo a voz da garota que parecia estar em um banheiro.

— Larry é o melhor dia da minha vida! Você ficou sabendo? Até pedi para o professor para ir no banheiro pra te contar cara! — Ashley falava em uma empolgação contagiante aos sussurros para não ser descoberta matando aula. A garota fazia aulas de reforço de inglês nesse horário e dia, e na escola era proibido celulares no período de aula, o Johnson nem sabia como ela havia conseguido se esgueira com um telefone roxo neon cheio de pedrinhas brilhantes e adesivos da Avril Lavigne para o banheiro.

— Cê' tá matando aula do Albert!? Tu quer se matar sua vadia?! — Albert era o professor de inglês dos anos finais e o mais exigente e bravo da escola. Exigia uma disciplina impecável e implicava até com a forma como a coluna dos alunos estava. Suas provas eram as piores e ele não tolerava qualquer infracção às regras impostas para suas aulas.

Uma vez Kathryn foi pega mascando chiclete e foi parar na direção. Ela havia se mudado para o colorado fazia alguns mêses, uma pena, Larry gostava de como ela era gostosa e boa de cama, mesmo que muito vadia e irritante.

Sally a odiava, o moreno nunca soube o por quê mas nunca se deram bem, e sempre que pegava ela e Larry nos fundos do colégio se pegando e fumando o ignorava o dia todo.

Não era o cigarro, Sally usava mais droga que o Johnson.

— Mas é muito importante! — Ela deu um ênfase exagerado no muito, usando um tom dramático na frase. — O diretor veio dar um aviso importantíssimo hoje na sala, disse que amanhã de manhã vai falar para os outros alunos que não vem de tarde. Sally já deve saber, ta na sala de música agora. — Sally fazia aulas extracurriculares, dentre elas música e aulas particulares de guitarra e piano, além da aula de canto. Era fissurado por qualquer coisa que envolvesse música. Desde instrumentos até estilos musicais. Pretendia se formar nisso.

— E tu vai me falar essa porra logo ou não? Agora quero saber!

— Eu sei que cê' vai achar clichê pra caralho mas... — Ela fez uma pausa dramática. — Eles vão fazer um baile de Inverno!




Volteiiii! 2 capsinhos pra vcs em compensação a demora :)

The blue of your eyes, embedded in my screens...  Larrysher/SarryWhere stories live. Discover now