𝐂𝐚𝐩 𝟏𝟑 | 𝐈𝐧𝐭𝐨𝐱𝐢𝐜𝐚𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 𝐞 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚𝐬 𝐦𝐚𝐳𝐞𝐥𝐚𝐬.

312 45 119
                                    

─━━──✣࿆ᰱོ❭⚘❬✣ᰱོ࿆─⵿─━━⋆⚘᭬ᰱᰱ• 𝐏 𝐄 𝐑 𝐃 𝐈 𝐙 𝐈 𝐎 𝐍 𝐄 •⚘᭬ᰱᰱ  ─⵿─ᰱ✣࿆ᰱོ❭⚘❬✣ᰱོ࿆ ─⵿─

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

─━━──✣࿆ᰱོ❭⚘❬✣ᰱོ࿆─⵿─━━
⋆⚘᭬ᰱᰱ• 𝐏 𝐄 𝐑 𝐃 𝐈 𝐙 𝐈 𝐎 𝐍 𝐄 •⚘᭬ᰱᰱ
  ─⵿─ᰱ✣࿆ᰱོ❭⚘❬✣ᰱོ࿆ ─⵿─

𝓒omo a maioria das crianças que estudavam na escola primária, era comum que todos os alunos compartilhassem um certo medo em comum

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


𝓒omo a maioria das crianças que estudavam na escola primária, era comum que todos os alunos compartilhassem um certo medo em comum. Sejam elas as mais traquinas e sapecas ou as mais quietas e disciplinadas, cada uma delas temia o horripilante cômodo sombrio e amargado, considerado amaldiçoado por muitos ali presentes: a sala do diretor. Vale lembrar que, por mais que Melissa Guedes Montenegro também partilhasse desse temor junto com seus outros colegas de turma, ela nunca havia sido chamada na diretoria; isso era uma das principais coisas que ela se orgulhava e parabenizava a si mesma em segredo. Mas como dizem, tudo tem uma primeira vez...

— Quando comecei a carreira no cinema, na verdade, quando eu ainda estava na universidade, eu sabia que veria muita coisa... e olhe, eu estava certo. - A voz do homem de belíssimos fios negros entra em meus ouvidos como agulhas afiadas que me faziam entristecer a cada segundo que respirava o ar pesado que circulava no maior trailer que havia estacionado no parque. — Nesses vinte e cinco longos anos de carreira, eu já vi de tudo que vocês dois possam ou não imaginar. Já lidei com todos os tipos de animais racionais e irracionais, trabalhei com esquizofrênicos, dementes, obsessivos-compulsivos, narcisistas, psicopatas, sociopatas, criminosos, terraplanistas... - Continua o diretor, com a indignação explícita em sua voz que se alinhava perfeitamente com a caneta que circulava inquietamente em seus dedos, enquanto pressionava levemente os seus pés ao chão, fazendo-o rodopiar na luxuosa cadeira giratória. — E honestamente, em todos os dias da minha longa jornada, essa foi a coisa mais ridícula que eu já vi.

A cada sílaba acusadora que saía dos lábios indignados do moreno à minha frente, deixava-me intimidada como nunca havia ficado antes. Não conseguia concentrar o meu olhar no rosto que pela primeira vez que os meus olhos avistaram pareciam tão solenes e tranquilizadores, mas agora, eram como facas afiadas apontadas em minha direção.

Meu quadril cravava-se cada vez mais no assento duro do plástico da cadeira barata, enquanto as minhas pupilas não paravam de encarar os meus joelhos descobertos pela ausência do pano do meu vestido. Sinto as humilhações da pequena Melissa Montenegro sussurrarem em minha mente com destreza e soberania, deixando-me cada vez mais envergonhada quando recordava da garota excelente que eu era na época de escola e agora, depois dos 22 anos, estava aqui, em um trailer levando sermão de um desconhecido.

𝓟𝐞𝐫𝐝𝐢𝐳𝐢𝐨𝐧𝐞 ☀︎ 𝖣𝗋𝖾𝗐 𝖲𝗍𝖺𝗋𝗄𝖾𝗒Where stories live. Discover now