⊹ ⋆ ₊ 𝐑𝐄𝐀𝐋𝐈𝐓𝐘 𝐌𝐎𝐑𝐓𝐀𝐋, 𝐜.𝐡𝐚𝐝𝐥𝐞𝐲

── 𝟎.𝟎

𝗉𝗀 ❘ 𝟭𝟮𝟭 ─── ఌ❦ 𝑓𝑙𝑒𝑢𝑟𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑓𝑢𝑚𝑒𝑒𝑠
𖤐 « 𝐩𝐫𝐨𝐥𝐨𝐧𝐠𝐨 »           ✧ ֺ ָ ⋆ 𐚁̸ ࣪

— SELICY COLLOWAY — Octavie disse cuidadosamente , seu sotaque da capital era algo que podia se disfarçar completamente.

Lembro-me que voz dela pareceu perfurar fortemente meus ouvidos , constantemente as memórias da colheita ousavam aparecer na minha cabeça. Por um momento senti tristeza absoluta mas não duraram muito quando percebi que já estava em cima do palco ouvindo nada menos que os gritos da minha mãe em puro desespero.

Fui obrigada a falar novamente o meu nome e idade na frente de todo o meu distrito e para as diversas câmeras que iriam transmitir a colheita para toda a Capitólio.

— Então agora para os meninos — Octavie continuou, puxando um único pedaço de papel dobrado da tigela transparente. Ela o desdobrou delicadamente, como se fosse rasgar, e leu o nome do segundo tributo. — Nate Wren.

Olhei para a seção masculina, apenas para ver um garoto de cabelos loiros sair, aparentemente não se importando, e caminhar até o palco. Seu cabelo estava despenteado pela brisa leve, e minha respiração ficou presa na garganta quando seus olhos esverdeados encontraram os meus. Desviei meu olhar rapidamente e juntei as mãos na minha frente.

— Bem, bem. Aí está, Distrito sete! Os tributos aos septuagésimo quarto Jogos Vorazes, Selicy Colloway e Nate Wren!

É que as probabilidades estejam apenas ao meu favor.

Aplausos surgiram dos cidadãos do Distrito enquanto Nate e eu apertamos as mãos desajeitadamente, sem eu levantar os olhos do chão. E com isso, estávamos longe de nossa casa e de nossas famílias sem olhar duas vezes para trás.

Crianças como nós e antes de nós foram colhidas para aquilo que mais temiam. A morte. Diferentemente das que tinha a sorte do destino e não foram colhidas , aquelas que tiveram seu nome lido pela a apresentadora iriam morrer de forma brutal.

Particularmente eu acreditava no destino , tudo por algum motivo no universo fazia as coisas aconteceram , não um Deus ou um Santo , longe disso. Minha vida foi dura o bastante para saber que se existisse um Deus , como ele poderia deixar de me acontecer tudo aquilo se realmente somos amados por ele?

Preferia acreditar no universo sem um ser que movia tudo e todos, se por algum motivo eu havia sido colhida para morrer em um arena mortífera então eu definitivamente havia nascido para morrer.

𝐈 - Gostaria de esclarecer antes que comentem coisas duvidosas sobre a minha menção a Deus nessa obra. Claro , a opinião religiosa da personagem faz parte tanto do contexto da história e da ficha da protagonista e não tenho intenção de mudar isso. Se você leitor se sentir desconforto como eu fiz a minha personagem e desenvolvi a sua religião peço que entenda o lado da personagem ou apenas se retire sem causar tumulto.

𝐈𝐈 - As crenças mencionadas tanto aqui ou nos capítulos seguintes são a opinião da personagem e de mais ninguém(nem mesmo minha como autora). Imaginei Sissi  como uma garota forte que não acreditava em mais ninguém a não ser ela mesma , apesar que em grande parte das vezes ela não consiga , o fato de ela ser ATEIA não envolve a minha posição religiosa como escritora ou sua como leitor(a) , é apenas como a personagem foi construída e apenas.

𝐈𝐈𝐈 - A Sissi teve uma vida num tanto difícil então acreditar que algum ser superior ou criador fez aquilo tudo acontecer com ela não era algo que ela realmente poderia crê. A Sissi é uma personagem moldada por mim , então cada traço de personalidade , aparência , pensamento ou até mesmo religião dela foi baseada em como a personagem se sairia na história.

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Obrigado por ler ❤︎︎