⊹ ⋆ ₊ 𝐑𝐄𝐀𝐋𝐈𝐓𝐘 𝐌𝐎𝐑𝐓𝐀𝐋, 𝐜.𝐡𝐚𝐝𝐥𝐞𝐲

── 𝟎𝟓

𝗉𝗀 ❘ 𝟭𝟮𝟭 ─── ఌ❦ 𝑓𝑙𝑒𝑢𝑟𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑓𝑢𝑚𝑒𝑒𝑠
𖤐 « 𝐜𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐟𝐢𝐯𝐞 »           ✧ ֺ ָ ⋆ 𐚁̸ ࣪

A noite passou lentamente, eu não havia pregado o olho a noite. Todas palavras e gestos de Cato foram continuamente repassadas na minha cabeça durante horas. De repente nem vi a madrugada aparecer , mesmo a noite os barulhos da Capital começaram a soar , eram carros , vozes , músicas e diversas outras coisas.

Não estava acostumada com tanto barulho , no distrito 7 o que mais ouvíamos eram pássaros , o barulho do vento e poucas vezes ao ano rugidos de urso. Era tranquilo , até que então a desgraça caiu sobre nós , houve um erro no material de extração da madeira , os homens que trabalhavam aumentaram sua carga horário e diversos sofreram problemas de saúde pelo cansaço extremo , mas o pior ainda vejo depois.

As correntes que seguravam uma dúzia de árvores grande se arrebentou e acabou levando diversos trabalhadores à morte , incluindo meu irmão mais velho , Damon. Contudo restou-me apenas minha mãe; Odette , meu pai;Chester e Esmeray , a caçula.

Minha morte será a única coisa que terei certeza por agora, ela é inevitável , nisso , meus pais perderão dois de seus três filhos , mesmo não vendo minha mãe eu sabia que ela cairia em declínio e que meu pai estaria ocupado de mais trabalhando para dar apoio. Esme tem apenas cinco anos , ela não tem cabeça para ajudar minha mãe , provavelmente ela nem entende a situação que estamos.

Me levantei da cama e calcei as pantufas brancas , sai do quarto e cheguei até a cozinha. Abri a lata de cerveja que era do estoque de Johanna , vencedores dos jogos assim que são liberados buscam as primeiras coisas para esquecerem o que passaram; drogas e bebidas. Certamente Johanna não sentiria a falta de uma latinha , tendo em mente que Octavie também gosta de beber.

Sentei em cima do balcão de mármore dando um salto pelo móvel gelado em contato com minha apele quente.

— Não consegue dormir?

— Nate! Você me assustou.

— Desculpe — ele se aproximou e então viu a latinha que eu tinha na mão. — Não é muito nova para beber?

— Tenho 16

— Ainda sou mais velho que você.

— Não , você parece ter minha idade. — eu sorri virando novamente a bebida.

— Agosto.

— Janeiro. — respondi.

—Merda , você é mais velha. — ele riu baixo , Nate se aproximou e se sentou ao meu lado. — Ainda tem pra mim?