Capítulo 6

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Joaquim

Desde quando salvei aquela mulher, não consigo parar de pensar nela, é como se ela tivesse se instalado em minha mente, como se ela estivesse cravada em minha mente e eu não conseguisse arrancar ela de lá nem com toda a força do mundo.
Sento em minha cama segurando a foto da bebezinha, a filha dela, e me sinto cada vez mais no dever de devolver essa foto para aquela mulher.
A todo instante me lembro do desespero dela, de como ela implorou para que eu pegasse essa foto, e não quero que ela sofra ao acordar e perceber que essa foto tao importante se foi junto de tudo que ela tinha naquele apartamento.

- O que pode ter acontecido com você, bebê?

Escuto algumas batidas na porta, digo para entrar e logo Natália surge segurando a bolsa de Aurora e no mesmo instante percebo que algo aconteceu

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Escuto algumas batidas na porta, digo para entrar e logo Natália surge segurando a bolsa de Aurora e no mesmo instante percebo que algo aconteceu. Coloco a foto da bebê no bolso da calça novamente, levanto franzindo a testa e perguntando:

— Tudo bem?

— É que aconteceu uma coisa.

— O que? Aurora está bem?

— Sim, sim ela está senhor! Não, não aconteceu nada de ruim com ela. O problema é que ela está chorando bastante no quarto.

— Chorando?

— Fui levar ela pra aula de música, mas quando chegamos lá fomos avisados de que a professora Lúcia não irá dar aulas por um tempo porque sua casa pegou fogo com ela lá dentro.

— Como?

— Parece que ela está em estado grave... infelizmente disseram na frente das crianças e todas saíram de lá chorando pela professora. Inclusive a Aurora. Não consigo consolar ela, senhor...

— Como é mesmo o nome da professora?

— Lúcia... Lúcia Smith Brown!

Respiro fundo, definitivamente esse mundo é muito pequeno. Como eu poderia imaginar que aquela mulher, essa mulher que não sai da minha mente, é a mesma mulher que conquistou o coraçãozinho da minha Aurora, a mulher que a ensina a coisa que ela mais ama, música.

— Ela está no quanto dela?

— Sim, está sim!

— Ok! Faz um lanche pra ela, por favor!

— Claro!

Agradeço a Natália e então saio do quarto na direção do quarto de Aurora, dou algumas batidas na porta e logo giro a maçaneta entrando. Logo fito minha menina deitada na cama, de lado, toda encolhida e abraçada a sua pelúcia preferida, posso ouvir seu chorinho sentido, fecho meus olhos respirando fundo e após fechar a porta logo atrás de mim, caminho até a cama.

Unidos Por Ela - 5° temporadaWhere stories live. Discover now