Unidos Por Ela - 5° temporada

Capítulo 8

Flashback on

♡

Lúcia estava perdida, com sseus sentimentos confusos e o coração pedia para ela tomar boas decisões diante de tudo o que estava passando.
Grávida de 4 meses, ela estava refugiada em Lisboa fugindo da família para que ninguém soubesse da gravidez, exceto por sua melhor amiga Bruna e sua prima e confidente Kate. Ambas sabiam e ambas estavam muito preocupadas com o bem estar de Lúcia, que atendia algumas ligações delas durante o dia.
Lúcia sentou em um dos bancos de uma praça no bairro onde está hospedada, enquanto ela olha crianças de diversas idades brincando e correndo, um sorriso brota em seus lábios, ela coloca sua mão em sua barriga e por um momento ela lembra que tem uma criança crescendo em seu ventre, que um dia será como essas crianças que ela vê correndo.

— Crianças são divinas, não é?

Uma mulher, aparentemente 40 e tantos anos, senta ao lado de Lúcia sorrindo e olhando as crianças, então ela olha para Lúcia que sorri gentilmente e balança a cabeça assentindo.

— Sim! Elas são sim! Qual dela é sua ou seu?

— Ah, nenhuma — a mulher diz rindo. — Nenhuma delas. Eu não tenho filhos. Não por opção, eu não posso ter filhos.

—Desculpa... eu sinto muito, não sabia.

— Não tinha como você saber — ela diz rindo. — Eu sempre venho aqui ver essas crianças brincando e fico imaginando como seria se um filho meu estivesse aí correndo junto delas. Isso acaba me consolando.

— Confie em Deus, tenho certeza que logo Ele irá lhe presentear com uma criança.

Ela sorri balançando a cabeça assentindo.

— De quantos meses você está?

— Oi?

— Eu vi você acariciado sua barriga, bem distante, parecia pensar ou refletir sobre algo... Mas ela está pequena, não é perceptível ainda, né?

— Sim... Eu, eu estou de 4 meses.

— Parabéns! Que tenha uma gestação saudável e que seu bebê nasça e cresça saudável também.

— Obrigada!

— Eu me chamo Renata Oliveira, prazer te conhecer. 

— Eu me chamo Lúcia, Lúcia Smith Brown! Prazer em conhecer a senhora.

— Não, senhora não — ela da uma gargalhada. — me trate por você. Não temos a mesma idade, mas eu não sou tão velha assim, né?

— Tem razão — rimos juntas.

Lúcia e Renata ficaram conversando por um longo período, sobre crianças, a vida, sobre música, a profissão de Lúcia, e sobre a profissão de Renata, uma detetive renomada e super respeitada.
Ambas viraram colegas, sempre que Renata ia ao parque para ver as crianças, Lúcia também ia e sempre que Lúcia ia ao parque para ver as crianças, Renata também ia. Algumas vezes elas combinavam, outras era pura coincidência.
Então Lúcia começou a ver em Renata uma mulher que tinha o grande sonho de ser mãe, e que daria tudo para realizar esse sonho e começou a cogitar a ideia de entregar seu bebê para Renata por meio da adoção consensual e assim salvar a sua vida e a vida do bebê que carregava em seu ventre.