Capítulo Treze

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Drake Timberg:

Ryan confirmou que nosso encontro estava marcado para a sexta-feira, e o que se seguiu foi uma sequência de dois dias que pareceram passar em um piscar de olhos. Cada momento era uma contagem regressiva para o encontro crucial que definiria o rumo de nossa missão.

À medida que o tempo avançava implacavelmente, o suspense aumentava. Cada segundo era precioso, e eu me esforçava para me preparar mentalmente para o que estava por vir. Enquanto os minutos escorriam, minha mente estava em constante alerta, ansiosa para os desafios e perigos que enfrentaríamos.

O nervosismo de Ryan em relação a esse encontro era palpável, superando até mesmo os momentos em que eu, por alguma razão, me via corando profundamente, chegando até a cair da mesa no refeitório. Eu tentei ajudá-lo a se recuperar, mas só consegui deixá-lo ainda mais ansioso com minha presença.

Dawn, sempre a observadora, comentou que a situação era incrivelmente fofa e doida ao mesmo tempo, enquanto Nicky concordava com um sorriso sincero, expressando satisfação por seu amigo estar se aventurando em algo assim com alguém.

Houve também aquele episódio em que Sierra tentou criar algum tipo de situação para me afastar, mas consegui me livrar dela com um susto bem colocado, usando habilidades de tecnologia da nossa agência. A vitória silenciosa me fez sentir que tinha um trunfo sobre as ameaças que rondavam nosso mundo de agentes secretos, mesmo quando enfrentávamos desafios pessoais e românticos.

Claro, em relação à situação daquela joia, não tivemos muitas informações adicionais. Santiago nos assegurou que a agência estava conduzindo uma investigação aprofundada e que não precisávamos ficar excessivamente preocupados.

As palavras de Santiago eram tranquilizadoras, mas ainda assim, pairava uma sensação de inquietação no ar. A joia representava um poder imenso e desconhecido, e sabíamos que havia pessoas dispostas a fazer qualquer coisa para obtê-la. Enquanto continuávamos nossas vidas cotidianas, sabíamos que o mundo secreto dos agentes secretos estava sempre à espreita, pronto para nos envolver em sua trama complexa e perigosa.

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Era uma manhã de sexta-feira e meu pai estava sentado em frente a mim, do outro lado da mesa de café da manhã. Bobby estava ao meu lado, comendo em silêncio, enquanto Sage tomava seu café preto, sem açúcar, e fazia as palavras cruzadas com uma caneta preta que ocasionalmente vazava tinta enquanto ele comia uma tigela de cereal.

— Está nervoso para o seu encontro? — Meu pai perguntou, saboreando seus ovos.

— Um pouquinho. — Respondi, enquanto Sage ria, o que me fez dar-lhe um chute brincalhão na canela.

— Idiota. — Resmunguei e então me virei para olhar meu pai. — Então, pai?

— Quer um conselho amoroso? — Ele perguntou.

— Adoraria, como você se saiu no seu primeiro encontro? — Perguntei, curioso.

— Apenas seja você mesmo e, se esse Ryan se mostrar um idiota, dê um pé na bunda dele. — Meu pai disse, soltando uma risadinha.

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Enquanto os outros alunos formavam uma fila ordenada para entrar na sala de aula de inglês, eu estava ocupado revisando minhas anotações em fichas de estudo. Naquela manhã, estávamos programados para fazer um relatório oral. Eu sempre gostei desse tipo de tarefa - de acordo com meu pai, Dawn e Nicky, eu tinha a voz perfeita para isso, calmante e serena - e, coincidentemente, eu conhecia muito bem o material do qual teria que falar.

Ryan entrou apressado na sala, com uma aparência ligeiramente desgrenhada, como um estudioso de plantão, antes de se jogar na cadeira ao meu lado.

— Bom dia — Ele disse com um sorriso.

Apenas sorria, você está sendo espionado - Livro ÚnicoOnde histórias criam vida. Descubra agora