Capítulo Vinte

150 100 23
                                    

Drake Timberg:

Anna retirou-se para o quarto após contarmos o que precisávamos fazer naquela noite. Ela emergiu vestindo um casaco de veludo preto, calças combinando e uma camisa de seda branca amarrada na gola.

— Uma história terrível — Anna disse ao retornar à sala. — Estão prontos para ir?

— Para onde? — Perguntei. — Ao cassino?

— Infelizmente, teremos um confronto. — Anna respondeu. — Dawn, Nicky, e aqueles dois. — Ela apontou para Bobby e Sage. — Vão ao cassino, Drake, Ryan e eu iremos a um local para obter informações sobre os sequestros.

Refleti por um momento, e pareceu ser uma boa ideia. Olhei para Nicky e Dawn, que assentiram.

Dawn abriu sua bolsa e entregou equipamentos a Bobby e Sage.

— Nos encontraremos em meu apartamento à meia-noite. — Anna informou. — Estejam preparados, esta noite será interessante.

Ryan perguntou:

— Para onde estamos indo?

— Vamos para o Tell Enfer, um bar frequentado pelos piores tipos, onde sempre conseguimos informações. — Anna explicou. — Ocasionalmente, assistimos a um salão artístico em um edifício pertencente ao maior informante desta cidade, Malcolm Young.

— Malcolm Young? — Perguntei, lembrando-me desse nome. Ele era considerado o melhor informante da cidade e estava ciente de todos os acontecimentos do submundo. — Isso será intrigante.

Anna sorriu e saímos de seu apartamento. Lá fora, estava escuro; o ar era frio e úmido. Dois carros com o brasão de armas pintado na porta nos aguardavam no meio-fio.

Desejei boa sorte aos meus amigos e entrei em um dos carros com Anna, enquanto Ryan entrou no outro.

— Então, que tipo de salão é esse, exatamente? — Ryan perguntou.

— É um clube exclusivo — explicou Anna, recostando-se no banco da frente enquanto um de seus funcionários dirigia. — Alguns dos informantes mais famosos, ladrões e outros tipos frequentam o local quando estão na cidade. Alguns você já deve ter ouvido falar; outros não. Alguns têm uma reputação que não merecem, outros têm uma reputação mais do que merecida.

O carro avançou por uma rua estreita e escura, onde bancas de mercado público estavam montadas na calçada. Os faróis do carro iluminavam o rosto dos vendedores, que conversavam e negociavam com os clientes sobre pratos de porcelana lascados, canecas e roupas de segunda mão.

O carro parou em frente a um beco, e Anna saiu, esperando que nós a seguíssemos.

— Venham, vocês dois. — Ela nos chamou.

Descemos e caminhamos um pouco pelo beco antes de uma porta aparecer à nossa frente. Ela brilhava na lateral de uma parede de aparência desgastada, e eu suspeitava que havia algo mais ali, por duas razões. Primeiro, Ryan se aproximou da parede e bateu nela como se fosse um muro sólido. Segundo, a abertura não era visível para ele, como se fosse apenas para mim.

— Espera um momento, e já passará. — Anna nos tranquilizou antes de correr por um corredor estreito dentro do beco. As paredes eram cobertas por pesadas tapeçarias de tecido vermelho, do chão ao teto, ocultando o que havia por trás delas. No final do corredor, havia outra porta, também pintada de vermelho.

Me aproximei da parede, e minha mão passou normalmente por ela, como se fosse uma ilusão. Era como se o mecanismo da parede passasse pelos meus dedos, transmitindo energia conforme eu o tocava.

Apenas sorria, você está sendo espionado - Livro ÚnicoTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon