Capítulo 12

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SEM REVISÃO

ALERTA DE GATILHOS


Lavinia olhava entre os empregados da casa. Sorriu para alguns que já estavam a mais de vinte anos servindo a sua família. Voltou os olhos para os faróis que surgiam ao longe. Se aproximou e ficou ali esperando. Não podia negar que era estranho saber que uma jovem iria ocupar seu lugar. Esse qual fez o seu melhor, mas nada fazia sentindo depois da partida brusca de seu Carlo.

Se dependesse dela, iria ajudar e proteger essa jovem com todos os seus esforços. Sabia e conhecia muito bem o filho mais velho. Não podia negar que os defeitos do filho, havia herdado dela.  Se lembrou de quantas vezes ela e Carlo brigaram, mas não podia negar que muitas brigas que causara era para ter a atenção do marido voltado apenas para si.

Era uma jovem de vinte de anos, imatura em muitos pontos, acreditava que podia domar o jovem Don Carlo, mas não fora bem isso que aconteceu, ambos eram turrões e teimosos. Mas no momento que ambos entenderam que a paixão já estava ali entre eles, fora apenas um instalo para que vivessem o casamento calmo.

Sabia que Patrícia deveria ter feito um trabalho impecável com a jovem Evangeline. Vira fotos da jovem e ficara surpresa entre a semelhança entre ela e a falecida mãe. Fran, fora uma moça que lhe ajudara muito quando chegara na casa. Como Cristina e Fran tinham a mesma idade, não ficara surpresa quando logo surgiu a amizade entre elas.

Não podia negar que muitas vezes as vira aprontando e se divertindo, mas ela não pode aproveitar, afinal era a senhora Santorinni e não pegaria muito bem ser vista em bares ou mesmo em festa sem a companhia do marido. Foi tirada do devaneio no momento que pode ouvir o barulho dos motores.

Deu alguns passos e parou no alto da escadaria e ficou observando a movimentação a sua frente. Seis carros compunham o comboio, o primeiro carro estava Carmo e Evangeline. Expos seu melhor sorriso, enquanto descia alguns degraus e parou e ficou admirando a jovem que usava o terno do filho.

— Bem-vinda a sua nova casa. — arriscou no idioma que havia aprendido a alguns anos atrás.

Maria Eduarda encarou a mulher a sua frente e ficou surpresa e impressionada com a beleza. Agora entendia de onde vinha a genética daqueles homens. Apertou com força o terno que estava entorno de seu corpo, ao ouvir a voz de sua mãe, virou o rosto.

— Oh, mio Dio, Lavinia, non è cambiato nulla. Sembri ancora più bella di quanto non fossi anni fa.— Patrícia subiu rapidamente os degraus e abraçou a cunhada — Quanto mi sei mancato.

Lavinia segurou com carinho do rosto da cunhada, Patrícia quando foi mandada embora, não tinha mais que vinte e dois anos. Os anos e a maturidade lhe fizeram muito bem. A abraçou novamente enquanto sussurrava:

— Vorrei che tu avessi potuto salutarlo. Ho cercato di renderlo il più bello e degno possibile, ma so che avresti fatto meglio. — Lavinia sentiu seus olhos marejarem.

— Já foi cunhada, e sei que fez o seu melhor sim, afinal o tanto que o meu irmão lhe amava, ninguém jamais pode negar isso. — Patrícia fungou baixo, limpou as lágrimas e se afastou um pouco — Agora quero lhe apresentar, a minha menina, Maria Eduarda.

A jovem ofereceu um sorriso sincero e terno, observou Carmo oferecer a mão para lhe ajudar. Por um breve momento pensou em recusar, ainda estava com medo da conversa que tivera a pouco com ele, respirou fundo e aceitou o gesto. Ao encostar os dedos e a palma de sua mão contra a dele, não conseguiu controlar o arrepiou que percorreu seu corpo.

Todos ao redor puderam ver a breve trocar de olhar entre o casal. Lavinia sentiu seu coração se aquecer com aquela imagem e apenas reafirmou o pensamento, iria ajuda-los com tudo o que estivesse ao seu alcance. Seu menino já havia sofrido e carregado uma dor pesada demais, queria que ele soubesse o que era ter alguém ao seu lado.

Nascida Para VocêWhere stories live. Discover now