Capítulo 27

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ALERTA DE GATILHOS

Carmo para acalmar seu lado mais tenebroso observava a paisagem da cidade enquanto o carro se dirigia para casa de Francisco. Já haviam se passados 12 horas desde o sumiço de Duda. Todos ao receberem a notícia começaram a se movimentar e foi nesse momento que resolvera dar fim a sua vingança.

Fora até a casa de seu tio na busca de confrontá-lo e achar Duda, mas ao chegar no local era quase como se tivesse chegado a uma casa sem vida. Ele e os seguranças haviam sumido e sabia que não iria demorar muito para logo saber onde poderia encontrá-lo. Enquanto isso estava indo em direção a seu último alvo para poder finalmente expor o assassino de seu pai.

Manteve a expressão calma em seu rosto enquanto por dentro queimava uma raiva sem precedentes. Fechou a mão de modo brusco e respirou fundo. Tentava se concentrar em tudo o que poderia fazer quando encontrasse seu tio, pois não queria dar brecha para se quiser imaginar o que ele poderia fazer com Duda.

Quando o carro entrou na rua onde o maldito traidor morava, Carmo sentiu seu sangue borbulhar de ódio. Quando a porta do carro fora aberta, desceu, fechou os botões de seu terno, observou seus homens que já estavam a postos e se encaminhou para dentro da casa. Observou o local luxuoso que o homem morava, pensou em quantos anos aquele verme aproveitara tudo enquanto os restos de seu pai estavam dentro de maldito caixão de madeira e um local escuro.

Avistou Matteo que já estava com a camisa branca dobrada até os cotovelos e havia respingos de sangue. Seguiu o irmão e então parou na sala do jantar. Melhor o que restara de uma sala de jantar. A mesa e os móveis já não se encontravam mais ali. Apenas algumas cadeiras que estavam ocupadas pelos membros da família de Francisco.

Observou o homem que tinha o rosto manchado de sangue, sua cadeira estava afastada das demais. Queria que ele aproveitasse o show que iria fazer com cada membro de sua família. Olhou as três cadeiras vazias que deveriam estar sendo ocupadas pelos três filhos homens. Voltou os olhos para Francisco e sorriu.

— Que bom revê-lo Francisco. — Carmo parou em frente ao homem.

— O que pensa que está fazendo Carmo!? — o homem rugiu alto. — Sabe muito bem do alto cargo que ocupado e...

— Cale a boca. — Carmo manteve sua voz calma. — Seu cargo não serve de nada, perante tudo o que fez a minha família.

— Sempre fui fiel aos Santorinni!

— É, concordo. — Carmo se aproximou um pouco mais — Mas foi fiel ao irmão errado. — Murmurou.

Carmo se afastou e encarou o homem a sua frente que o olhava como se não entendesse seu modo de agir. Observou o exato momento que a compreensão tomou conta do rosto de Francisco que engoliu em seco, mas manteve a cabeça erguida. Acabou rindo do modo pomposo que o homem queria morrer. Ergueu a mão e fez um sinal para Luca que saiu da casa.

— Vejo que seus filhos lhe abandonaram. — comentou baixo.

— Meus filhos estão viajando a negócios. — Francisco começou. — Esse qual mantenho com honra, respeito...

— E sangue de meu pai e de minha futura esposa. — Carmo se manteve firme, pelo canto dos olhos observou seus homens entrarem, cada um carregando pequenos caixotes e os colocando sobre cada cadeira vazia. — E sangue, se paga com sangue.

Francisco encarou o Don a sua frente. Todos conheciam o lado mortal de Carmo, por mais que usasse e transparecesse ser um homem calmo, sabia que era mais louco que seu pai. Muitos comentavam sobre que o próprio Carlo Santorinni quem ensinara os métodos de torturas a seu sucessor, seu lado mortal era uma fúria sem controle e irracional.

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