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— Sophie... — Minha amiga, minha melhor amiga desde sempre. Aquela que eu contava meus segredos, que me ajudava e me lavava aos lugares mais loucos com seu namorado e sua turma.

Ela repetia meu nome enquanto me abraçava, eu não sabia se me sentia sufocada por seu abraço ou pelas minhas lágrimas presas. Nos separamos ela piscou várias vezes e riu.

— Você está realmente aqui? — Assenti rindo também.— Por onde você estava? Por que não retornou as minhas ligações? — Ela recuperou o ar. — Eu senti tanto a sua falta.   

— Eu também, todos os dias Sophie. — Ela se acalmou aos poucos.— Senti sua falta também Mike.

Ele voltou a sorrir se aproximando, aceitei seu abraço e o beijo na bochecha.

— Não faça mais isso, não suma do nada desse jeito. — Ele encarou meus olhos. — Ficamos preocupados.

Lhe lancei um sorriso constrangido ao me afastar.

— Eu  não sumi de vez, ainda mantive contato com as meninas antes de perder meu celular. — Soltei em um suspiro.

— Eu sei que reencontros é sempre emocionates mas Ag está pesada onde posso coloca-la? — Virei-me rapidamente para Miguel que me encarava com urgência.

— Tenho que apresentar uma pessoa a vocês. — Ele se aproximou. — Essa é a Agnes. — Sophie Franziu a testa. — Ela é a minha filha.

Um choque de silêncio vindo dos dois, me aproximei do meu irmão e peguei minha filha no colo. Ela abriu seus olhos lentamente despertando do cochilo.

— A gente já chegou mamãe? — Miguel foi o único a rir.

— A algum tempo Ag. — Ela levantou A cabeça e todos olhavam pra ela atenta a tudo. Até que ela viu os meus amigos ali e sorriu, Michael perdeu a cor.

— Oi Tio Mike. — Ela disse. — Oi tia Pipie.

Era assim que eu chamava a Sophie quando éramos crianças eu contei a Ag e ela achou engraçado e agora ao chama-la tenha sido um choque e tanto.

— Você tem uma filha? — Fiz que sim meu coração acelerado minhas mãos ficando dormentes. — há quanto tempo?

Soltei um suspiro trêmulo, as mãos do meu irmão repousando em meu ombro um aviso silêncioso de que ele estava ali. Ag desceu do meu colo e segurou a minha mão.

— Seis anos. — Soltei de uma vez.

Sophie caminhou para o Sofá ali perto e se sentou como se sentisse que desmaiaria a qualquer momento. Michael apoiou as mãos na cintura e encarou Ag.

— Ela é filha dele? — Suas palavras atingiram meu estômago. Não neguei, nem concordei. — Não precisa dizer, olhar pra ela é como voltar no tempo e encarar Ele.

Michael se agachou até Ag que mantia um sorriso tímido e tocou seu rosto. 

— Miguel, por que você não leva a Ag pra comer aquele delicioso bolo de chocolate na mochila? 

 (Des) sintonizados.Onde histórias criam vida. Descubra agora