Luna 42

543 51 18
                                    

Luna
42

[...]

  Entrei em casa e estava tudo escuro, só a luz da jardim dos fundos que estava acessa.

O Miguel deixou o carro na garagem e logo veio atrás de mim, me seguindo pelos cômodos da sala.

- Tem certeza que é pra eu ficar?.- Me virei pra ele e assenti.

O Dante foi dormir com a Aya e meus tios foram direto pra Cabo Frio.
Amanhã é aniversário da mãe da tia Rita e eles foram comemorar com a família que está toda lá.

O Miguel queria que eu ficasse na casa dele, mas hoje eu realmente quero minha cama e minha casa.
Com ele aqui então, melhor ainda.

Que meu lado racional não fiquei sabendo disso.

- Isso aqui tá me matando! Odeio esse sapato.- Reclamei me jogando no sofá e comecei a brigar com o sapato que não queria abrir o fecho.

- Mania de mulher é foda... Sai bonita e desconfortável.- O Miguel parou na minha frente e puxou meus pés pra barriga dele.

O mesmo tirou meus dois saltos com cuidado e jogou eles no sofá.
Sei que não deveria ser algo sexual, mas a ideia passou pela minha cabeça.

- Tudo pelo look, amor.- Falei debochada e ele deu um tapinha nos meus pés.
Mas permaneceu na mesma posição.

- Quanto tempo tu passou com aquele otário?.- Fiz careta com a pergunta e ele apertou meus pés com um pouco de força.- Luna.

- Dois anos. Não aceito julgamentos!.- Respondi e ele soltou uma risada.- Ih, qual é a graça?.

- Dois anos com aquele cara? Tu deveria ter passe livre pro céu.- Acabei soltando uma gargalhada e ele continuou me olhando sério.

- Nunca pensou que tu merecia alguém melhor?.- Ele continuou e eu apenas concordei.

Na verdade eu sempre achei que o Bruno era o melhor que eu poderia ter.
Até eu perceber que o cuidado excessivo não era cuidado.

- Eu só não podia fracassar no profissional, o resto seria lucro.- Dei de ombros.

O Miguel soltou meus pés com cuidado e sentou ao meu lado.
Aproveitei e coloquei minhas pernas em seu colo.

- E o que era o resto?.- Ele perguntou interessado.

- Férias, viagem em família, saúde e até sexo.- Fiz careta e ouvi ele rir.
Tenho gostado desse som.

- Deixar de fazer sexo mesmo namorando por dois anos? Que triste.- Dei um tapa forte no braço dele e o mesmo veio pra cima de mim.

Ele prendeu meu corpo no sofá e ficou no meio das minhas pernas.
E ainda por cima, estava segurando meus pulsos.

- A gente já passou meses sem fazer nada. E o Bruno nunca foi de abrir mão do prazer próprio! As vezes eu tinha que fazer as coisas sozinha, porra.- Falei irritada e mais uma vez o chato riu, só que alto.

Ele me encarou por alguns segundos e eu pude ver sua feição leve mudar.
O olhar dele estava mais quente e eu entendi a onde ele queria chegar.

- Quer dizer que ele nunca te deu um orgasmo?.- Neguei rápido.- Dois anos só se satisfazendo sozinha? Isso é judiação.

Me arrepiei inteira quando senti ele beijar meu pescoço e imediatamente o meu corpo reagiu.
Foi o suficiente pra que eu ficasse ofegante.

- Me fala o que tu fazia quando sentia vontade.- Ele subiu meu vestido até minha cintura, mas não desviou o olhar do meu.- Hm?

O Miguel realmente quer me tirar do sério.
Não consigo sequer pensar em alguma coisa, e falar muito menos.

Ele me deu um tapa na coxa e acabei soltando um gemido manhoso.
Se eu não responder vou apanhar mais.

Incomum Where stories live. Discover now