Miguel 111

386 51 9
                                    


Miguel
111


[...]


Saímos do consultório da médica da Luna com a mente bem mais leve, e com o coração mais tranquilo.

E a Eliza realmente estava certo, tanto que a médica suspendeu exercício físico, atividades de muito esforço e também passou um remédio para controlar essas contrações fortes da Luna.

Lucca e Enrico estão bem, seguem sem nenhum risco e totalmente saudáveis.
Ou seja, está tudo certo com eles e com a minha deusa.

Na volta da consulta, nós fomos na Barancello só pra escolher "algumas coisinhas que faltam" segundo minha mulher.

Fiquei quieto na minha, enquanto ela e o Dante estavam escolhendo as decorações dos compartimentos, e eu tô aqui só pra ver meu bolso chorar.

— Então fechou, os quadros ficam e os pendentes de luz saem. — Dante passou a imagem 4d na tv.

— Um quadro de pedras? Pô, gostei não. — Falei assim que vi a Luna dar zoom no ipad.

— Não é só um quadro de pedras, foi uma arte inspirada nas pedras do calçadão de copa. — Dante explicou.

— Prefiro os quadros da Carla, lá em casa tá cheio. — Falei me referindo a mãe deles.

E realmente está cheio, toda semana a Carla manda uns três quadros pra nossa casa.
Ela mandou dois recentemente e a Luna gostou tanto que colocou no quarto dos gêmeos.

— Amor, é verdade! Dante, a gente tem uma quantidade absurda de telas que a mamãe pintou e nos mandou. — Luna falou animada.

Depois de quase uma hora e meia de "coisinhas" Luna e eu fomos pra casa, e eu estava felizão que a tortura tinha acabado.
Luna e eu deixamos lá quase cem mil reais, dinheiro pra caralho.

Mas o pior é que o dinheiro tá valendo o gasto.
Luna projetou tudo pensando no futuro das crianças e no nosso também.

Então, temos escritório integrado com uma sala de "estudos", brinquedoteca, adega, mais duas suítes, uma quadra de futevôlei nos fundos, um espaço de lazer coberto e um parquinho também coberto.

Enfim, ficamos com uma puta casa enorme e espaçosa.
Grande o suficiente pra duas crianças, ou quatro.

Enfim, paramos para almoçar no caminho para casa e depois seguimos nosso rumo porque a minha deusa já estava ficando cansada.

— Amor, vou entrar em reunião com o pessoa do marketing e você recebe as meninas que vão organizar o nosso closet e as roupinhas do meninos, tá? — Luna gritou do banheiro.

— Mas hoje é sábado, Luna. — Reclamei e ela ficou calada. — E nosso combinado?

Larguei minhas coisas na cama, eu estava organizando minha gaveta de relógios porque não gosto que ninguém mexa.

Entrei no banheiro e me encostei na pia, esperando uma resposta da Luna.
Desde o início da gravidez, combinamos de não trabalhar nos finais de semana.

— É rápido, coisa de trinta minutos! É que a Fabi teve que levar o irmão ao hospital, então... — Ela me olhou e eu respirei fundo pra não me irritar.

Porque se fosse eu, Luna estaria me esculachando e ia dormir bolada comigo.

Saí do banheiro e ela veio logo no meu rastro, mas eu fiquei quieto e ajeitando meus relógios.

— Miguel, você tá emburrado por causa de uma reunião? — Luna falou aborrecida e eu ignorei.

Ela parou do meu lado, se encostou na cama com os braços cruzados e me encarou firme.

Incomum Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin