O ano de 2017 havia chegado ao fim. E com ele, o término de uma guerra entre as duas Coreias, da qual Jungkook, um alfa, lutou bravamente. O único soldado que usava uma máscara e carregava um codinome. Ghost. Se mantendo em completo anonimato enquan...
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A tarde cheia de promessas e sentimentos retidos, que eram contados aos poucos, havia chegado ao fim quando Jimin foi deixado em casa.
O ômega andava pela enorme sala de televisão, onde conseguia ver ao longe, seus pais em uma tensão estranha, talvez, algo que já tivesse se tornado um costume.
Preferiu não interferir, evitando que seu medo constante, se tornasse real novamente.
Que sua mãe depositasse todo seu ódio em si, como sempre fazia.
Olha uma última vez para o casal, antes de subir as longas escadas que levavam ao segundo andar, se trancando em seu quarto.
Nem ao menos percebeu seu pai o olhar disfarçamente, sabendo que Jimin havia visto a cena e pensando em que decisão deveria tomar no fim.
Segundo Sumin, o homem deveria apenas ser cego, mudo e surdo.
Mas... era a coisa certa a se fazer?
- Preciso conversar com você - a mulher diz, sempre usando seu tom ácido para tratar de situações que não gostava nem ao menos de se lembrar.
- Claro, aconteceu algo? Você nunca fala comigo.
- Noah Patch.
Ju Woo a olha confuso, tentando entender o motivo daquele nome, ser mencionado novamente, depois de tanto tempo.
- O ator inglês?
- Isso.
- Do que se trata?
- Estará vindo para a Coreia daqui dois dias, para algumas gravações.
- Sumin, ainda não entendi sobre o que se trata.
- Simples, vou dizer a mesma coisa que a minha família disse para mim - responde enquanto cruza os braços - ele é um rapaz rico, de certa influência, um alfa sem defeitos... alguém para constituir uma família.
Park entendeu ali mesmo, do que se tratava.
O filho tinha uma certa raiva acumulada desse ator, que tentou lhe agarrar em uma sessão de fotos e mentiu para a mídia, dizendo estar em um relacionamento com o violoncelista, algo que foi desmentido, mas que ficou na memória de alguns cidadãos coreanos.
Repetir a mesma coisa, da qual já ouviu uma vez, era a explicação certa que queria que o próprio filho sofresse as mesmas raivas e frustrações que si, apenas para que descontasse pelo menos um porcento do ódio que sentia.
