Capítulo 13 - Uma Estória para Chen Na.

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Bem, eu não estava esperando por isso... Chen Na não queria mais a bênção da beleza eterna, porém, não seria pior se seu marido a desprezasse por isso? Poderia ser o caso de talvez tentar mudar o destino de Tung Yachen, fazendo com que ele desistisse de ter mais mulheres? Mas então eu estaria intervindo na vida de outra pessoa sem sua autorização. Cruzei os braços,  pensativo. Que caso complicado!

Eu preciso buscar uma solução que seja pela vida de Chen Na, quem sabe se eu contasse que Tung Yachen nunca tivesse chegado ao seu destino, porém se eu matasse este homem e no futuro ele fosse alguém importante na defesa contra os bárbaros do norte ou algo parecido? E se ele só se acidentasse, sempre haveria a chance dele voltar a procurar Chen Na no futuro.

Mordi a ponta do dedo, forçando minha mente em busca de uma solução. Chen Na então tocou minha mão de leve.
"Senhor Du... eu realmente não me importo com que acontecerá comigo após perder a benção, só desejo que Chen Hao viva! Para mim isto é o suficiente!"

Ela balançou a cabeça. Parecia ter lido meus pensamentos. Soltei um suspiro e ia me pronunciar, mas ela me interrompeu:
"Eu concordo com seus critérios, acredito que são muito nobres e fico feliz de saber que se há uma benção como a sua, que ela esteja nas suas mãos. Não há melhor pessoa para conduzi-la."
Encarei-a por um instante, suas palavras eram suaves, porém seus olhos eram tristes. Um verdadeiro equilíbrio de sentimentos.

"Eu posso fazer isso." Respondi. "Mas saiba que não é possível reverter o que ficou no passado depois."
"Sim! Eu entendo perfeitamente!" O sorriso de Chen Na alargou-se e não pude deixar de me compadecer dela. Esta senhora era muito mais adorável e fácil de conviver do que seu primo. E também penso que se o General Chen não soubesse amar uma mulher gentil e atenciosa como essa, ele não a merecia no fim.

"Eu preciso da minha pipa. Ela está sob a posse do juiz Wo."
"Sim, ele mencionou que fossemos procurá-lo em seu escritório depois que entrássemos em um acordo. Quanto ao pagamento..."
"Desculpe, senhora... eu não aceito dinheiro em troca do uso desta benção." Fui direto e rígido quanto a isso. Não havia abertura para discussão.

Chen Na concordou, um pouco desapontada. Acredito que pessoas desta estirpe não estejam acostumadas a receber nada gratuitamente. No entanto, eu recebi esta benção assim, não era correto usá-la para obter benefícios pessoais.

Chegamos a uma conclusão, então acompanhei a senhora Chen até a mansão. Ela conhecia bem aquele espaço e logo bateu a porta da sala de estudos de Wo Dan.

O juiz Wo estava à nossa espera em seu interior. Sua primeira ação foi erguer a cabeça e perscrutar com o olhar a prima. Vendo que ela sorria abertamente, seus ombros tensos relaxaram.

"Teve muito trabalho? Eu disse que seria melhor eu ter ido junto."
"Não, pelo contrário. O senhor Du foi bastante compreensivo."
"Eh?" Wo Dan olhou para mim, incrédulo.

Revirei os olhos, bastante ofendido.
"Minha pipa, por favor."
"O que vocês acertaram?" Wo Dan questionou, desconfiado. A pergunta foi feita para mim, porém antes que eu respondesse, Chen Na adiantou-se.
"Primo... eu pedi que ele retirasse a minha benção."
"Mas você! Eu não te disse..."
Chen Na o cortou.

"Sim, eu sei. Mas primo, eu... não quero mais isso para mim. Eu fui muito feliz esses anos todos, mas hoje esta benção é como um fardo, uma maldição para mim... se não fosse por ela, minha irmã ainda estaria viva!"

"Sua irmã nunca te tratou bem! Seus pais privelegiaram ela e passaram todo o serviço da casa e do campo para você! Davam os melhores presentes, as melhores coisas somente para ela!"

Wo Dan perdeu o fôlego devido a exaltação.
"Prima... foi ela quem escolheu seu destino. Ela era bonita, poderia ter conseguido um bom partido! Isso... isso nunca teve nada a ver com você desde o início..."

O Protagonista é um Bastardo!Donde viven las historias. Descúbrelo ahora