Capitulo IV. Primeira Temporada

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Porto de Yokohama,Japão, Manhã 

Já era de manhã,o sol há muito já tinha saído, e o porto de Yokohama estava tão movimentado quanto sempre. 

Entre os marinheiros e transeuntes apressados,estavam três estrangeiros,carregando grandes caixas metálicas nas costas. 

– POR TODOS OS DEUSES DO OLIMPO! ONDE ELE ESTÁ?!

Exclamou Khristós desesperado,a um passo de arrancar os cabelos,chamando atenção dos transeuntes, até levar uma cotovelada da sua prima e aprendiz.

– Isso mestre, grite mais alto,tenho certeza que o Peru não te ouviu. 

Rosnou a garota entre dentes.

– Wwaaahhrr,deixe-o Pex,você sabe que ele precisa desabafar. 

Comentou Flágio bocejando sonolento, apoiando o rosto nas mãos e resolvendo dormir ali, ignorando o olhar brilhante de seu mestre. 

Eles rodaram Tóquio quase a noite inteira, o que obrigou Flágio a ouvir comentários como "bússola sem agulha" ou "sem norte".

A pobre Alopex suspirou cansada, jurando nunca mais sair em missão de campo com esses dois.

Apesar de ser a mais nova, de alguma forma ela tinha que ser a responsável entre eles,fazer o quê? E família, só ama por obrigação. 

– Quando barulho. 

Felizmente para a garota,o tão (atrasado)esperado dourado chegou. 

– SENHOR AFRODITE! ESTÁVAMOS ESPERANDO! O QUE ACONTECEU?!

Exclamou Khristós, fazendo as pessoas ao redor o olharem com raiva,e seus aprendizes estapearem a própria cara.

Pior,ele com certeza deve ter perdido seu bom senso e filtro cérebro/ boca em algum lugar da metrópole. 

Ele não estava falando com um igual, mas sim com um cavaleiro de ouro, quem liga se o dourado era mais novo? Ele era o superior deles.

A essa altura, os adolescentes estavam planejando o funeral do seu querido e sem noção mestre, no entanto, para a surpresa deles,o pisciano apenas piscou. 

– Não é nada importante. 

Respondeu dando de ombros. 

Claramente ele foi irresponsável, mas isso não significa que ele iria se explicar, pelo menos, não completamente.

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Algumas horas atrás.

Senhor? 

Perguntou a criança confusa, fazendo o cavaleiro sair de seu estupor e tossir envergonhado, com o rosto levemente corado.

Sem perceber, ele havia encarado o nipônico por muito tempo.

Também pudera, a criança a sua frente era sem dúvidas,de longe uma das pessoas mais belas que até mesmo este santo estranhamente belo já tinha visto,ao ponto de que seria perigoso quando fosse mais velho. 

 Ele possuía pele pálida,bochechas levemente rosadas e redondas,cabelos verde escuro brilhante e um pouco lisos,além dos ombros, fazendo-o parecer ainda mais com uma garota.

No entanto, o verdadeiro feitiço estava em seus olhos.

Verdes como esmeraldas, cheios de inocência e pureza raramente encontradas.

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