Filho das Estrelas

Capítulo XVII Segunda Temporada

Um som de algo se quebrando resoou, seguido pelo barulho de metal chocando-se contra o solo rochoso. 

Quando Seiya virou‐se para a origem do som. E consternado, viu o rosto desnudo da mulher. Suas bochechas avermelharam-se diante da beldade à sua frente. 

Uma belíssima jovem, provavelmente pouco mais velha que si próprio. 

Pele clara, tão delicada que até parecia macia,e contrastava perfeitamente com seus cabelos esverdeados. Pequenos lábios tão vermelhos quanto sangue semi abertos em surpresa, e grandes e redondos olhos de esmeralda,cheios de uma inocência provocante, que refletiam as estrelas do seu noturno de forma quase hipnótica. 

Sem dúvida, olhos de ressaca, a perfeita descrição de olhos de cigana,um terrível feitiço habitava naqueles olhos verdes,que de alguma forma, lhe pareciam familiares.

O feitiço se desfez quando a mesma desviou-se o rosto,franzindo a testa em desgosto, sua franja cobriam seus olhos,enquanto ela se recusava a olhar para o japonês. 

– Olha,quem diria, com essa máscara você parecia uma megera, mas você tem um rosto mais bonito do que eu esperava. 

Comentou o garoto, não em zombaria, mas sim em tom de admiração. 

– Seiya, sugiro que, de agora em diante, viva como um morto, pois da próxima vez que nos encontrarmos,acabarei contigo. 

Ameaçou seria,dando as costas para o rapaz,indo embora. 

– Bom,espero que esse dia nunca chegue. 

Murmurou nenhum pouco entusiasmado,notando que Marin desceu de seu poleiro e pousava a seu lado.

Nada o preparou para a seguinte surpresa. 

Com um movimento rápido, a amazona o esbofeteou no rosto,fazendo o mesmo virar bruscamente, derrubando-o no chão 

– Marin! O que foi isso?!

Exclamou frustrado,esfregando a bochecha atingida,cuja impressão perfeita da mão da mulher estava gravada.

– Nunca! Nunca mais! Enquanto viver, olhe para o rosto nu de uma amazona. Esta me entendendo? 

Questionou incisiva. Perante ao raro momento de fúria de sua mestra, Seiya apenas assentiu obedientemente. 

– Levante-se,temos que ir.

Ordenou, dando as costas para o mais novo que sem escolha,se levantou e a seguiu.

            …………………………….

– Vamos! 

Ordenou o cavaleiro, saltando do penhasco, sendo seguido pelos três. 

Os quatro ignoraram Águia e Pégaso que saiam do santuário, e foram e direção a Ofiúco. 

Não foi difícil encontrá-la,uma vez que ela estava pegando um caminho escondido para uma área específica do santuário. 

– Sheana. 

Chamou, um pouco afastado, fazendo a italiana parar.

Ela estava de costas para ele,e ele não queria que ela virasse. 

– Veio zombar de mim? E não o bastante, trouxe plateia. 

Questionou neutra. Sua voz, que não mais era filtrada pela máscara, parecia mais vivaz.