Capítulo 11

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Louis estava sentado no meu colo, uma perna de cada lado. Nós estávamos jogados no sofá de sua sala e eu passeava as minhas mãos pelas suas costas nuas, enquanto ele respirava perto da minha orelha, me causando gostosos arrepios pelo corpo.

Rocei minha bochecha na sua, sentindo a necessidade de sentir seus lábios novamente. E ele entendeu.
Subiu devagar os dedos pelo meu pescoço e segurou meu rosto entre as mãos antes de baixar os lábios.

Prendi seu lábio inferior entre os dentes, mordendo sem muita força, sentindo como eles eram deliciosos e ainda estavam com gosto doce do sorvete que tinhámos tomado mais cedo.

De repente, senti um desejo louco por aquele menino de olhos azuis. Nosso beijo se tornou mais urgente, devorador, fatal. Nossas bocas se fundiam cada vez mais e eu puxei seu corpo ainda mais enquanto ele apertava minha cintura com as pernas...

- Harry?

Levantei com um salto. Louis me olhava desconfiado.

Vê-lo ali me deixou completamente e absolutamente devastado. Eu ainda podia sentir sua boca na minha, sua respiração descompensada, seu gosto doce no sonho. Tinha sido tão real que meu corpo parecia em chamas, a mente confusa, a pele formigando.

Sua voz me fez sobressaltar e percebi que eu encarava seus olhos cor de piscina sem piscar e, provavelmente, estava de olhos arregalados.

- Harry, você está tudo bem? Você estava se debatendo.

Pisquei os olhos e respirei fundo, jogando o corpo para trás e observando as tão lindas constelações que ainda brilhavam no céu em uma tentativa de me acalmar. Ainda estávamos no terraço.

- Tive um pesadelo. - Falei depois de alguns segundos.

Ele suspirou, passando a mão pelo cabelo, fazendo-o ficar de uma forma realmente sexy.

Por que merda eu continuo pensando nisso?

- A gente acabou dormindo aqui fora - Falou, pondo-se de pé. - Vem, vamos dormir logo. Lembre-se que amanhã você tem um jogo.

Ri.

- Preocupado comigo, Tomlinson?

Foi a vez dele soltar uma gargalhada e jogar a cabeça para trás de forma graciosa.

- Não comento mais nada, então. Se preferir, pode passar a noite acordado. - O tom era de brincadeira.

Levantei o corpo com um pouco de dificuldade ao sentir os músculos doloridos por ter adormecido quase contra o chão duro e estalei minha coluna no movimento.

Ergui as mãos, em rendimento.

- Eu entendi a deixa.

Descemos e Louis fechou a porta pela qual dava-se o acesso ao teto da casa. Voltamos para seu quarto com passos leves e respirações baixas, com medo de acordar Fizzy ou a mãe dele.

Fizz continuava como um anjinho, agarrada ao ursinho fofo.

Não resisti e entrei no quarto dela, deixando Louis percorrer o resto do corredor ainda pensando que eu o seguia.

Diferentemente do quarto das outras meninas, aquele era todo azul com desenhos de nuvem - obviamente feitos pelo garoto de olhos azuis - e poucas bonecas espalhadas, mas uma pequena prateleira com vários livros.

Fizzy tinha um pequeno bico nos lábios que me lembrava o irmão e os cabelos bagunçados jogados pelo travesseiro. Afaguei sua cabeça, encantado com a carinha de anjo da menina e quando menos percebi, dois pequenos olhos cor de caramelo, meio abertos, meio fechados, me observavam.

Como não te amar? (Larry Stylinson AU)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora