Capítulo 17

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O barulho irritante do despertador provocou meus ouvidos, fazendo com que eu me virasse e batesse a mão fortemente contra aquele demônio barulhendo, que caiu com um baque alto no chão.

Incrível como aquele objeto caia todos os dias e não quebrava!

Eu estava exausto e ainda era o segundo dia da semana. Ontem, quando deixei Louis em casa, passei quase uma hora no celular com Scott, que berrava do outro lado da linha, nervoso com o que estava prestes a fazer e me perguntando a cada segundo se eu não tinha mudado de ideia.

No meio da madrugada, ele me ligou uma segunda vez, berrando aos quatro ventos que estava "namorando com a mulher da minha vida".

Eu tive que rir no momento. Estava realmente feliz por ele e pelo fato de Marie Elizabeth gostar do meu melhor amigo de verdade.

Suspirei e coloquei os pés para fora da cama com um gemido sonolento. Hoje quem se arriscaria seria eu. Meu plano era levar Louis para casa e então contar tudo o que eu sentia.

Meu peito batia descompensadamente só em pensar que talvez ele não quisesse mais ficar comigo quando descobrisse sobre a aposta, mas eu sabia que tinha que contar e me livrar desse peso de uma vez por todas. Seja como for, sem aquela aposta, eu nunca teria falado com Louis e teria perdido de conhecer uma das pessoas mais incríveis da minha vida.

Peguei meu celular para mandar uma mensagem para o meu menino de olhos azuis, mas ele não ligou sob meus dedos. Encarei com cara feia a tela preta e tentei mais uma vez, apenas para constar o que eu já sabia.

Merda! Descarregado.

Vesti qualquer coisa que encontrei dentro do armário, mas tive o cuidado de colocar mais perfume, sabendo que Louis gostava dele. Sorri feito um bobo ao pensar nele.

Desci as escadas, passando para pegar uma maçã na cozinha e prendendo-a entre os dentes ao correr para o carro e entrar.

Dirigi tranquilamente até a escola, batucando no volante ao som de I Could Have Lied e mordendo o lábio de baixo com força depois de ter devorado o meu simples café-da-manhã, planejando as palavras que diria para Lou quando a hora chegasse.

"Lou, eu menti sobre..."

Não. Muito ruim.

"Eu quero que você saiba que isso ficou no passado..."

Pior ainda.

"Lou, eu preciso te contar algo e talvez você não goste de descobrir..."

Minha mente ainda estava pensando nisso quando estacionei na vaga de sempre da escola, ficando surpreso ao ver como o estacionamento estava vazio.

Normalmente os alunos ficavam ali fora, encostados em seus carros até ouvirem o sinal, mas naquela manhã, parecia mais um estacionamento fantasma.

Entrei no colégio, piscando os olhos ao ver poucas pessoas andando pelos corredores e senti inúmeros olhares direcionados a mim, mais que o normal.

O que está acontecendo?

Andei até meu armário, olhando para o de Louis, que não ficava muito longe. Essa hora, ele já deveria ter chegado, então onde ele estava?

De repente, senti um cutucão no meu ombro e me virei.

Uma garota que eu nunca tinha me dado ao trabalho de falar na vida me olhava pelos grandes óculos com receio, quase com pena no olhar, e então falou com uma voz doce:

- Você deveria ir até a quadra. - E então fugiu, virando-se de costa e abraçando os livros contra o peito ao andar rápidamente para longe, como se tivesse com medo de mim.

Como não te amar? (Larry Stylinson AU)Where stories live. Discover now