Epílogo

229 15 0
                                    

MORANA

Três anos depois

ADORO CHUVA E trovoadas. Sempre encontrei minha própria paz neles.
Eu adorava a chuva ainda mais quando estava deitada na cama quentinha da minha casa com meu marido. Porém, quando a tempestade a acompanhou, eu sabia que uma noite sem dormir me esperava.

- Morana... - ouvi um sussurro em meu cabelo. Franzi o nariz e não disse nada, apenas tentei voltar a dormir. - Minha querida...

- Hum? - Murmurei em seu peito enquanto ele acariciava meus cabelos.

- Há uma tempestade.

- E o quê, você está com medo? - perguntei e senti o peito de Will, onde eu apoiava minha cabeça, começar a tremer levemente de tanto rir.

- Não, eu não sou. Mas tenho certeza que... ele começou a dizer, mas o que ele queria dizer veio por si só.

A porta do quarto rangeu levemente e nós dois levantamos a cabeça e olhamos naquela direção. Graças ao facto de não cobrirmos as cortinas da janela do terraço, pude ver claramente a pequena figura.

- Mamã?

- O que está acontecendo querida? - perguntei vendo Indie parada na porta.

- Eu estou assustada. - ela sussurrou baixinho, e eu me afastei de Will, abrindo espaço para ela no meio da cama.

- Ohh, você não tem absolutamente nada a temer, querido. Você está seguro em casa. Entre aqui para nós. - Sorri involuntariamente estendendo à mão para a garota.

A cópia de Will veio correndo até mim e eu a ajudei a subir na cama alta.
Assim que ela entrou, ela imediatamente passou os braços em volta do meu pescoço, me abraçando com força.

- Meu quarto é tão barulhento... - ela murmurou, e comecei a esfregar suas costas suavemente.

- Está tudo bem, você sabe que pode vir a qualquer hora. - Dei um beijo na bochecha dela e ela sorriu e se deitou entre mim e Will, que nos olhava sonolento com um sorriso.

- Eu quero uma melancia. - ela sussurrou enquanto me abraçava.

- Mamãe... - ouvi a voz de Will. Levantei-me um pouco e notei o garoto parado na porta, segurando a mão de Finn, que segurava um coelhinho de pelúcia na outra mão.

_ Todos vocês sabem que o papai também está aqui? - disse Will, bufando de tanto rir, e Finn, ao ouvir que ele estava acordado, arrastou-se até a cama ao lado de Will e imediatamente caiu em seus braços.

Nosso grande São Bernardo permaneceu fielmente ao lado do pequeno will.

Will e eu acertamos logo depois que compramos a casa durante minha segunda gravidez, então eu tive o direito de escolher um nome porque Indie, de dois anos, também não tinha ideia.

Eu queria chamá-lo de Damon, como aquele filho da puta, mas não queria insultar o cachorro daquele jeito.

Fazia muito tempo que eu não fazia ideia do nome dele, e todos estavam cansados do fato do cachorro não ter nome, então todos começaram a chamá-lo de Beethoven.

- Venha aqui, Willy.

Ele subiu na cama e se colocou entre Indie e Finn. A tempestade do lado de fora da janela estava forte para sempre, e eu contava que nada perturbaria meu sono futuro. E então Beethoven começou a gritar.

- Mamãe, acho que ele quer entrar. - Indie sussurrou como se pelo menos um de nós estivesse dormindo.

- Precisamos comprar uma cama maior. - Eu disse isso para Will, que apenas riu. Sentei-me novamente e dei um tapinha na cama.


- Acho que precisamos dar banho nele. - ele comentou e eu levantei uma sobrancelha.

-Venho dizendo isso há semanas.

- Trataremos disso pela manhã. - ele bocejou.

Acariciei o ombro de Indie com uma mão, o cabelo do mini Will com a outra, e Finn ficou abraçado ao pai dela.

Uma verdadeira filhinha do papai.

De repente, o coelho dela também não desempenhou um papel importante.

Tentei adormecer pensando que teria um dia difícil, mas de repente não queria dormir. Tive um caso complicado no tribunal e a sentença me pareceu inadequada em particular, mas tive que cumprir meu dever.

-will! Você está está me arranhando com as unhas dos pés! - India gritou, e virei a cabeça para o lado para olhar meu marido divertido.

- Não, não fui eu. - ele começou a se defender.

-Eu senti!

- Foi Finn.

- Só você tem pernas tão compridas!

- Você quer trocar de lugar? - Will perguntou, para acabar com o problema das crianças.

-Sim! - Indie e Willy gritaram simultaneamente.

- NÃO! - O mais novo gritou por cima dos outros dois.

- E se a gente for dormir agora e de manhã eu brincar com você na casa da árvore? - ele perguntou em um sussurro.

-Sim! - gritaram os três, e eu franzi a testa diante do grito que ressoava em meus ouvidos.

- Agora vamos dormir, a mamãe vai ter um meio-dia difícil amanhã. O que você diz?

- Tudo bem.

- Boa noite mamãe, boa noite papai.

- Amo você.

- Nós te amamos mais. - respondi, e depois de menos de cinco minutos a respiração das crianças estava estável, indicando que haviam adormecido.
Olhei para Will que já estava olhando para mim e estendeu a mão que eu peguei. Ele começou a acariciar o meu topo com o polegar e eu suspirei pesadamente.

- Eu quero um gato. - falei o mais baixinho que pude.

- Indie não gosta de gatos.

- É, só porque o único que ela teve a chance de acariciar foi o gato da Mery e do Damon, que se adapta à família deles e é um maldito demônio.

- Você vai ficar com seu gato... - ele assentiu resignado, o que me fez sorrir e Will murmurou; - Eu te amo.

- Eu te amo. Eu respondi silenciosamente e ri um pouco.

BONITO VENENO, Will Grayson IIIWhere stories live. Discover now