Sombras do destino: Parte I (A Warrior Nun Fanfic)

15. Ava, na Arq-Tech, com a espada

Beatrice chuta Ava com força, fazendo-a dar alguns passos para trás pela força do golpe. A Guerreira Santa luta para recuperar o foco, determinada a não repetir a experiência. A cada movimento, Ava fica mais e mais surpresa pelas habilidades de Beatrice. Ela sabia que a Irmã Guerreira era resistente, mas nunca imaginou que ela fosse tão habilidosa.

Quando um soco é desferido em sua direção, ela se abaixa, perdendo o equilíbrio e tropeçando em uma pequena pedra na grama. Na tentativa de evitar a queda, dá vários passos para trás, realizando uma série de movimentos desajeitados. Teimosa, consegue se manter de pé e rapidamente reassume sua postura defensiva.

Mas então Beatrice abruptamente interrompe seu ataque, congelada no lugar, encarando Ava com uma expressão de choque e surpresa.

A Freira Guerreira assume que a reação é devido à sua habilidade de permanecer de pé. Com um sorriso orgulhoso no rosto, Ava exclama brincalhona: "O quê? Surpresa por não conseguir me derrubar? Eu disse que estou melhorando a cada dia!"

"Sim, você está", responde Beatrice, ainda encarando Ava com um olhar surpreso. Estranhando a expressão no rosto da amiga e o modo como ela a observa, Ava franze a testa e, seguindo o olhar de Beatrice, olha para baixo. Para sua surpresa, percebe que está em pé na superfície do lago. "Meu Deus!" ela exclama, antes que a habilidade que a mantinha acima da água desapareça, fazendo-a afundar até os joelhos no lago.

"O que foi isso?" pergunta Ava, ainda surpresa, mas logo um sorriso fácil e caloroso aparece em seu rosto.

"Linguagem!" corrige Beatrice. "Suas habilidades com o Halo estão definitivamente evoluindo", diz satisfeita. "Você deveria tentar fazer isso de novo. Tenho certeza de que se eu continuar te atacando..."

"Espere. Já estamos nisso há três horas. Eu acabei de andar sobre a água como Jesus, e temos trabalho esta noite. Podemos dar um tempo, por favor?"

Beatrice suspira alto, concordando. "Certo, você está certa. Não adianta forçar demais. Mas amanhã é nosso dia de folga, então trabalharemos o dobro."

"Okay", responde Ava em tom baixo, finalmente saindo da água.

"Devíamos ir para casa, tomar um banho e descansar antes..."

"Bea?"

"Sim?"

"Você tem alguma notícia sobre a Mary? Alguém tem alguma informação sobre ela?" pergunta Ava, seu corpo tenso e sua expressão mais séria que o normal.

"Ainda não, mas Lilith está rastreando Vincent. Deveríamos ter alguma informação em breve."

"E se..."

"Sim?"

"E se ela estiver morta? Quero dizer, havia tantas pessoas em cima dela quando saímos... e se..."

"Ava, não vá por esse caminho, tudo bem? Não adianta sofrer por algo que não sabemos se aconteceu."

"Eu sei. Mas a possibilidade está lá. E se a Mary estiver ferida em algum lugar? Ou morta?"

"Quando descobrirmos, lidaremos com isso."

"Eu não queria isso, Bea. Eu não queria que a Mary se machucasse. Eu não quero te ver machucada."

"Ei, você não vai. É por isso que estamos treinando, certo? Para te preparar para lutar contra..."

"Mas e se eu não for suficiente? E se andar sobre a água e aprender a socar e chutar não forem suficientes para derrotar o Adriel?"

"Ava, você não precisa se preocupar. Não vou deixar ele te machucar, okay?"

"Você acha que é isso que eu estou preocupada? Com minha própria morte?" pergunta, um pouco exasperada, recebendo um olhar confuso de Beatrice. "A minha vida inteira sonhei em estar morta. Nos meus sonhos, eu saía do meu corpo e me via de cima. Apenas uma garota normal, apenas... normal. Eu olhava para a perfeita normalidade dela até acordar e perceber que eu ainda era a mesma aberração que sempre fui, a minha vida inteira."