Capítulo 22 Siga seu sangue

25 7 71
                                    

Despedidas, algo que muitos evitam, mas que devem ser feitas. William já possuía suas coisas prontas, estava confiante, mas cabisbaixo, o garoto então vai para frente da cabana na espera de Alister, ele se senta em uma cadeira de madeira que ficava na frente da casa.

O jovem menino parecia calmo, mas sua mente era um tormento, paralisado, apenas sentido o vento batendo em seus cabelos, sentindo o cheiro de sua casa talvez pela última vez, observando a grama verde, ouvindo os pássaros cantando e olhando o vasto céu azul em busca de alguma resposta.

Sentiria saudades de cada memória vivida ali, William nunca havia saído de sua casa, o medo o percorria, ele volta seus olhos para a grama verde e se lembra dos belos momentos de apenas um garoto...

✦•·············•✦•·············•✦

Era uma manhã ensolarada, uma maravilhosa manhã de primavera, flores coloridas nasciam onde a neve ficava depois de um grande inverno tenebroso. O ambiente era feliz, um Dia de Eras feliz.

O garoto despertava de uma grande noite de sono, seus olhos enchiam de ansiedade como se já soubesse o que iria acontecer, ele anda até a sala onde ouve as vozes de seus pais, quando chega avista os dois sentados na mesa e logo é recepcionado pelo melhor bom dia que poderia ter.

- Olha só, se não é nosso menino crescido. - Diz o pai entusiasmando levantando da mesa e pegando o pequeno garoto em seus braços.
O menino ria.

- Quem diria que meu docinho está com 6 anos. - diz a mãe.

- Daqui a pouco não será mais o pequeno Will e sim o Grande William.

- Mas eu ainda sou pequeno pai. - Diz o garoto fazendo um sinal de pequeno com seus dedinhos.

- Pequenino, mas ainda vai crescer muito. - Responde o pai com uma risada.

O pai coloca o menino no chão.

- Eu tenho um presente para você.

- Um presente? - Repete o garoto.

- George! Você disse que entregaria o presente só depois do almoço.

- Porque fazê-lo esperar, Minha Doce Ester? - Diz beijando a mão de sua amada.

- Vamos William, eu vou te mostrar o que eu te fiz.

O menino segue o pai para um canto da casa, onde o homem puxa um objeto coberto com um pano.

- Como você já está bem grandinho decidi te dar algo que você me pediu. - Diz lhe entregando o pacote. - Abra.

O garoto então se senta no chão, onde começa a tirar o pano e para sua surpresa.

- Uma espada!!! - Ele grita de alegria.

- Não é uma espada de verdade - Explica o pai - É apenas uma de madeira, mas é uma madeira resistente, poderá usá-la em seus treinos.

- Eu adorei, eu adorei!!! - Diz o garoto pulando com seu novo presente.

A espada parecia simples, mas era bonita, feita de madeira de carvalho, possuía detalhes únicos esculpidos em sua madeira, vinhas de espinhos junto com penas era a ornamentação que fazia uma simples espada de madeira se tornar única e especial.

- Eu que fiz as gravuras na espada, as vinhas de espinhos mostram força, e a pena o conhecimento, se quiser poderei te ensinar, agora essa será sua espada por enquanto, ela precisará de um nome se quiser sorte.

- Por que "por enquanto"?

- Porque quando crescer, minha espada será sua.

- A bela pena? Você me dará ela quando eu crescer?

Emperys A origemDove le storie prendono vita. Scoprilo ora