"É com grande honra que hoje anuncio o noivado entre minha filha mais velha e Hades, Rei de Monrak!"
Meu estômago cai. Hades? Não acredito, não pode ser. Ele é um filho da puta arrogante. E vai ser meu marido!
Logo, ele entra na sala. Com seu sorri...
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Com sangue nas mãos, corro em direção a grande explosão.
Paro ofegante vendo a cena adiante. Hades está gritando, e algo nele parece estar doendo, mas não vejo nenhum machucado nele. A cena é desoladora, com Hades gritando como se a própria alma estivesse sendo dilacerada pela dor.
Exatos 7 homens estão tentando segurar Hades. Me aproximo de um deles, aflito em fazer minha pergunta.
– O que aconteceu aqui?
– A rainha, senhor Ezra... Morreu na explosão.
Meu coração acelera em desespero. Não pode ser. Vou até Hades com lágrimas nos olhos implorando silenciosamente para que seja mentira.
Ao ver Hades, sinto um nó se formar em minha garganta. A dor estampada no rosto dele era palpável. Abalado, me aproximo de Hades, vendo a agonia estampada em cada traço de seu rosto. Ele estava firmemente sendo segurado por sete homens, que tentavam conter a fúria e a dor que pareciam prestes a consumi-lo.
– Hades... – sussurro, minha voz embargada pela tristeza. Hesito por um momento antes de apoiar o ombro do Hades, uma tentativa de oferecer um suporte em meio à esse tormento.
– Ela... Ela estava lá. Se entregando para ele. Aí o fogo... O grito dela. - Hades, entre soluços de angústia, tentou articular palavras, mas a dor em seus olhos falava mais alto. - Eu preciso buscar ela, Hammond.
– Eu sei, mas precisamos esperar o fogo apagar.
– Até o fogo apagar, a minha mulher vai virar cinzas, porra! - Hades grita comigo.
– E você quer ir pro fogo para morrer? - Ele não responde, então eu o puxo pelo colarinho. - Você é o rei, o cara que todo mundo tem medo. Seu povo precisa de você, eu preciso de você vivo. Entendeu?
– Foi culpa minha. - Hades desaba e cai de joelhos no chão. - Eu tinha que protegê-la. Era o meu dever!
– Não foi culpa sua. - Me ajoelho na frente dele, nossa conversa foi interrompida com um grito.
Estela corre em direção ao fogo em meio a lágrimas. Me levanto e a seguro, impedindo ela de ir para o fogo.
– ME SOLTE! ELA É MINHA IRMÃ! - Estela atira se debatendo. Cansada, ela se senta no chão, desolada. - Minha irmã...
Outro nó se forma na minha garganta. E todos nós ficamos ali, esperando as chamas se apagarem.
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